Agência do Santander: maior diferença na taxa de câmbio foi encontrada nos cartões do Santander, de R$ 0,11 a mais (Paul Hanna/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 18h03.
São Paulo - Levantamento realização pela Proteste Associação de Consumidores, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), apontou que a taxa de câmbio dos cartões de crédito podem variar em até R$ 90 para compras de US$ 1 mil.
De acordo com a pesquisa, que avaliou as taxas de câmbio de dez faturas de cartões de crédito de seis bancos, levando em conta dados coletados entre 2 e 13 de dezembro, a maior diferença na taxa de câmbio foi encontrada nos cartões do Santander, de R$ 0,11 a mais.
A menor foi encontrada nos cartões da Caixa Econômica Federal, de R$ 0,02 a mais. "Na prática, a diferença de centavos pode virar dezenas. O consumidor que tiver uma fatura de US$ 1 mil economiza R$ 90 no cartão da Caixa Econômica Federal, em vez do Santander", afirma a Proteste. Foram avaliadas as taxas cambiais do Banco do Brasil (BB), Bradesco, Caixa Econômica, Citibank, Itaú e Santander. O levantamento comparou as taxas das faturas com as do dólar comercial divulgadas pelo Banco Central (BC). A taxa cobrada pelos bancos chegou a ser até 5% maior do que a taxa oficial.
Segundo a associação, uma boa forma de evitar as altas taxas é diversificar meios de pagamento em viagens ao exterior. "As altas taxas de câmbio cobradas pelos bancos e o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) são um retrocesso para o bolso e a segurança do consumidor", diz a Proteste, em nota. "Com a medida, a melhor forma para pagar as despesas fora do Brasil é comprar dinheiro em espécie em bancos ou casas de câmbio, única que mantém a alíquota do IOF anterior ao aumento, de 0,38%."
No fim de 2013, o governo resolveu encarecer as compras com cartão de débito no exterior, cheques de viagem (traveller cheks) e saques de moeda estrangeira. No dia 28, a cobrança do IOF nessas operações subiu de 0,38% para 6,38%. O aumento da tributação atingiu também o carregamento de cartões pré-pagos de débito internacional com moeda estrangeira, mercado que ganhou força no País depois que a administração federal elevou de 2,38% para 6,38%, em março de 2011, o IOF incidente nos pagamentos da tarja de crédito no exterior.
"Para diminuir a insegurança de andar com altas quantias no bolso, o ideal é o consumidor dividir suas reservas entre dinheiro, cartão pré-pago e cartão de crédito. O cartão de crédito só deve ser utilizado para despesas não previstas ou situações de emergência", orienta a Proteste, que indica ainda como opção para economizar pagar a hospedagem e os passeios ainda no Brasil, "já que pagamento é feito em reais."