Exame Logo

Quanto custa ter e manter um carro

Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, os gastos mensais feitos com um veículo novo representam, em média, 3% a 4% do valor desembolsado na aquisição do carro

Cerca de 3% a 4% do valor do veículo são gastos mensalmente pelo motorista (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 17h10.

São Paulo – Ouvir que o impacto de um carro no bolso se assemelha ao peso de um filho no orçamento é comum – e não deixa de fazer sentido. Afinal de contas, os gastos que serão feitos com o automóvel serão regulares e irão muito além do desembolso para por o veículo na garagem.

O educador financeiro Renaldo Domingos, do Instituto DSOP, alerta, contudo, que nem todo mundo considera o dispêndio com impostos, manutenção e até eventuais multas antes de comprar um carro. O resultado, escreve ele no livro “Livre-se das dívidas”, é o que o veículo pode se tornar “uma prisão financeira disfarçada de liberdade”.

Pelos cálculos de Domingos, de 3% a 4% do valor do carro serão gastos todos os meses pelo motorista. O percentual inclui IPVA, seguro, DPVAT, inspeção veicular, gasolina, revisão, estacionamento e também a depreciação natural do veículo – ao cruzar os portões da concessionária o carro já perde cerca de 10% do seu valor.

No frigir dos ovos, um carro popular de 25.000 reais terá um impacto mensal médio de 875 reais nas contas de seu proprietário, ou 10.500 reais por ano.

Confira, abaixo, a representatividade dos gastos:

table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}

MensalAnual
IPVA52,08624,96
DPVAT8,42101,04
Licenciamento2,5830,96
Seguro (7%)145,831.749,96
Combustível300,003.600,00
Manutenção trimestral (óleos e filtros)10,67128,04
Pneus (troca a cada 30.000 km)17,25207,00
Lavagem60,00720,00
Estacionamento60,00720,00
Multa de trânsito10,00120,00
Depreciação (10% anual)208,332.499,96
TOTAL875,1610.501,92

Fonte: Instituto DSOP de Educação Financeira

Na visão do educador financeiro, é muito comum que os consumidores comprem o primeiro carro financiado, em geral por um valor próximo a 25.000 reais. Mas quem dividir a conta em até 60 meses, terminará este período tendo pago 42.000 reais pelo automóvel, em prestações mensais de 700 reais.

"Sempre haverá quem defenda que esté é um bom negócio", escreve Domingos. "O problema é que, cego de desejo, você não pensa duas vezes: compra e depois, só depois, percebe concretamente as consequências da decisão tomada." Para ele, quem avalia apenas se a parcela do financiamento cabe no bolso subestimando todo o resto, corre um sério risco de perder o controle das finanças. "Equivocadamente, algumas pessoas acreditam que o carro é um bem de investimento, quando, na verdade, ele não passa de um bem de consumo, cuja aquisição mal planejada pode correr as bases do orçamento."

Ele lembra que carros mais potentes e luxuosos implicam maior consumo de combustível e gastos também maiores com seguros e peças. "Ao tomar a decisão de comprar um modelo mais sofisticado, é preciso ter certeza que será possível arcar com os custos adicionais acarretados pela aquisição", finaliza Domingos.

Veja também

São Paulo – Ouvir que o impacto de um carro no bolso se assemelha ao peso de um filho no orçamento é comum – e não deixa de fazer sentido. Afinal de contas, os gastos que serão feitos com o automóvel serão regulares e irão muito além do desembolso para por o veículo na garagem.

O educador financeiro Renaldo Domingos, do Instituto DSOP, alerta, contudo, que nem todo mundo considera o dispêndio com impostos, manutenção e até eventuais multas antes de comprar um carro. O resultado, escreve ele no livro “Livre-se das dívidas”, é o que o veículo pode se tornar “uma prisão financeira disfarçada de liberdade”.

Pelos cálculos de Domingos, de 3% a 4% do valor do carro serão gastos todos os meses pelo motorista. O percentual inclui IPVA, seguro, DPVAT, inspeção veicular, gasolina, revisão, estacionamento e também a depreciação natural do veículo – ao cruzar os portões da concessionária o carro já perde cerca de 10% do seu valor.

No frigir dos ovos, um carro popular de 25.000 reais terá um impacto mensal médio de 875 reais nas contas de seu proprietário, ou 10.500 reais por ano.

Confira, abaixo, a representatividade dos gastos:

table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}

MensalAnual
IPVA52,08624,96
DPVAT8,42101,04
Licenciamento2,5830,96
Seguro (7%)145,831.749,96
Combustível300,003.600,00
Manutenção trimestral (óleos e filtros)10,67128,04
Pneus (troca a cada 30.000 km)17,25207,00
Lavagem60,00720,00
Estacionamento60,00720,00
Multa de trânsito10,00120,00
Depreciação (10% anual)208,332.499,96
TOTAL875,1610.501,92

Fonte: Instituto DSOP de Educação Financeira

Na visão do educador financeiro, é muito comum que os consumidores comprem o primeiro carro financiado, em geral por um valor próximo a 25.000 reais. Mas quem dividir a conta em até 60 meses, terminará este período tendo pago 42.000 reais pelo automóvel, em prestações mensais de 700 reais.

"Sempre haverá quem defenda que esté é um bom negócio", escreve Domingos. "O problema é que, cego de desejo, você não pensa duas vezes: compra e depois, só depois, percebe concretamente as consequências da decisão tomada." Para ele, quem avalia apenas se a parcela do financiamento cabe no bolso subestimando todo o resto, corre um sério risco de perder o controle das finanças. "Equivocadamente, algumas pessoas acreditam que o carro é um bem de investimento, quando, na verdade, ele não passa de um bem de consumo, cuja aquisição mal planejada pode correr as bases do orçamento."

Ele lembra que carros mais potentes e luxuosos implicam maior consumo de combustível e gastos também maiores com seguros e peças. "Ao tomar a decisão de comprar um modelo mais sofisticado, é preciso ter certeza que será possível arcar com os custos adicionais acarretados pela aquisição", finaliza Domingos.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasAutoindústriaCarrosCarros 0Kfinanciamentos-pessoaisorcamento-pessoalpatrimonio-pessoalVeículos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Minhas Finanças

Mais na Exame