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Previdência com 40% em Bolsa é interessante?

Internauta quer avaliação sobre a composição da carteira e tributação de plano de previdência privada

Especialista considera alto investimento de 40% em ações para a aposentadoria (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 12h35.

Dúvida do internauta: Possuo um VGBL há cerca de 3 anos e 40% deste valor é investido em ações. Nunca consegui tirar realmente minhas dúvidas com o consultor e acredito que não saberei se estão me falando a verdade. Poderiam falar um pouco mais sobre as vantagens e desvantagens de um VGBL e também dizer se essa aplicação de 40% em Bolsa é interessante? Outra dúvida: preciso informar sobre o VGBL na declaração de IR?

Resposta de Fernando Meibak*:

Acredito que 40% em Bolsa é um percentual extremamente elevado. Ainda somos um país de juros altos e de muita incerteza no longo prazo. Ações podem ser um bom investimento no longo prazo, mas mesmo assim acho o percentual muito elevado. Se você tiver menos de 30 anos, no máximo deveria ter 20% em renda variável.

O VGBL não oferece vantagens tributárias na declaração de renda das pessoas físicas. O rendimento será tributado em fonte, conforme o regime tributário escolhido. Se optou pelo progressivo, a taxação será de 15% na fonte no ato do resgate. Você terá que informar sobre o produto na declaração anual, pois esse rendimento é tributado também na declaração, conforme sua faixa de renda.

Caso você tenha optado pelo regime regressivo, as alíquotas do IR vão de 35% sobre o montante total dos saques futuros (para prazos de resgate de até dois anos) a 10% (para prazos superiores a 10 anos). A tributação desse modelo é feita exclusivamente na fonte.

Há alguns benefícios de transmissão para beneficiários no caso de morte, principalmente. O problema desse tipo de plano é o alto custo. Se a taxa de administração for maior que 1% ao ano, não recomendo ficar nesse produto. Compre um título de longo prazo via Tesouro Direto que é mais eficiente.

*Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”.

Envie suas dúvidas financeiras para seudinheiro_exame@abril.com.br

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Dúvida do internauta: Possuo um VGBL há cerca de 3 anos e 40% deste valor é investido em ações. Nunca consegui tirar realmente minhas dúvidas com o consultor e acredito que não saberei se estão me falando a verdade. Poderiam falar um pouco mais sobre as vantagens e desvantagens de um VGBL e também dizer se essa aplicação de 40% em Bolsa é interessante? Outra dúvida: preciso informar sobre o VGBL na declaração de IR?

Resposta de Fernando Meibak*:

Acredito que 40% em Bolsa é um percentual extremamente elevado. Ainda somos um país de juros altos e de muita incerteza no longo prazo. Ações podem ser um bom investimento no longo prazo, mas mesmo assim acho o percentual muito elevado. Se você tiver menos de 30 anos, no máximo deveria ter 20% em renda variável.

O VGBL não oferece vantagens tributárias na declaração de renda das pessoas físicas. O rendimento será tributado em fonte, conforme o regime tributário escolhido. Se optou pelo progressivo, a taxação será de 15% na fonte no ato do resgate. Você terá que informar sobre o produto na declaração anual, pois esse rendimento é tributado também na declaração, conforme sua faixa de renda.

Caso você tenha optado pelo regime regressivo, as alíquotas do IR vão de 35% sobre o montante total dos saques futuros (para prazos de resgate de até dois anos) a 10% (para prazos superiores a 10 anos). A tributação desse modelo é feita exclusivamente na fonte.

Há alguns benefícios de transmissão para beneficiários no caso de morte, principalmente. O problema desse tipo de plano é o alto custo. Se a taxa de administração for maior que 1% ao ano, não recomendo ficar nesse produto. Compre um título de longo prazo via Tesouro Direto que é mais eficiente.

*Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”.

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