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Poupador escapa da volatilidade ao investir no Tesouro Direto

Brasília - O alongamento dos prazos dos títulos do Tesouro tem sido uma estratégia de financiamento da dívida publica federal, que segue o Plano Anual de Financiamento (PAF). Essa medida também ajuda a melhorar o perfil da dívida. A aceitação de tais papéis mostra a confiança dos investidores na economia, na rolagem da dívida e […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O alongamento dos prazos dos títulos do Tesouro tem sido uma estratégia de financiamento da dívida publica federal, que segue o Plano Anual de Financiamento (PAF). Essa medida também ajuda a melhorar o perfil da dívida.

A aceitação de tais papéis mostra a confiança dos investidores na economia, na rolagem da dívida e aumenta a liquidez dos títulos (facilidade de vender os papéis a qualquer momento). O poupador tem a vantagem de escapar da volatilidade do mercado (instabilidade dos índices), que pode provocar variações significativas nos preços dos títulos.

"O investidor comum não tem a experiência para ficar especulando no mercado financeiro. Ele não tem a manha de comprar um título pré-fixado na hora certa, um título atrelado aos juros ou inflação", explicou David Athayde, da área institucional do Tesouro.

Na verdade, se o investidor observar o rendimento prometido na hora da compra do título, é mais seguro esperar o seu vencimento do que correr o risco de sair antes e perder dinheiro.

Outro fator interessante é que os títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto são marcados a mercado. Isso significa que "os preços para efeito de registro e de revenda refletem sempre os preços pelos quais títulos idênticos estão sendo efetivamente negociados em mercado num determinado momento", segundo informou o Tesouro.

As aplicações no Tesouro Direto são tributadas da mesma forma que qualquer investimento em renda fixa, ou seja pagam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobrado com alíquotas regressivas, para resgate da aplicação em menos de 30 dias. As alíquotas se estendem de 96% do rendimento da operação, para um dia de aplicação, declinando até zero, 30 dias.

O Imposto de Renda também é regressivo e vai de 22,5%, em aplicações com prazo de até 180 dias; passa para 20%, em aplicações com prazo de 181 dias a 360 dias; cai para 17,5%, em aplicações com prazo de 361 dias a 720 dias e chega a 15%, em aplicações com prazo acima de 720 dias.

Quanto às vantagens, o Tesouro Nacional garante que , em geral, os títulos têm rendimentos superiores aos das cadernetas de poupança se o aplicador os mantiver até o vencimento. Para conhecer o histórico de rendimentos do Tesouro Direto e fazer algumas comparações, os interessados devem acessar o endereço http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/rentabilidade.asp. No endereço http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/indicadores.asp , podem ser encontrados os rendimentos da poupança.

De acordo com o último balanço divulgado pelo Tesouro, o montante financeiro vendido no Tesouro Direto em fevereiro chegou a R$ 114,37 milhões. O valor representa 46,23% a menos do que em janeiro e 8,47% acima do mesmo mês do ano passado. Em fevereiro, houve uma elevada demanda por títulos prefixados (Letras do Tesouro Nacional e Notas do Tesouro Nacional - série F), que têm rentabilidade definida no momento da compra, e cuja participação nas vendas atingiu 45,40%.

Os títulos indexados à inflação, no caso o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA (Notas do Tesouro Nacional - série B e Notas do Tesouro Nacional série B Principal) ficaram em segundo lugar entre os mais vendidos, com participação de 40,28% do total das vendas. Os títulos indexados à taxa básica de juros Selic (Letras Financeiras do Tesouro) apresentaram participação de 14,32% nas vendas no mês.

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