Os 10 carros mais roubados em agosto
Segundo ranking da CNSeg de agosto, entre os 10 modelos com maior frequência de roubo, Fiat ocupa cinco posições e Punto é o mais roubado
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2012 às 15h08.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h18.
São Paulo – Em agosto, o Fiat Punto foi o carro com maior frequência de roubo, segundo o ranking da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais). Assim como em julho, a Fiat é a montadora que mais apareceu no ranking , com cinco modelos entre os mais roubados, sendo que dois deles, o Punto e o Stilo, ocupam o primeiro e o segundo lugar da lista. O ranking da CNSeg mensura a quantidade de roubos de cada modelo em relação ao tamanho da sua frota circulante. Assim, os modelos que têm mais carros circulando não aparecem sempre como os mais roubados, mas sim os carros que de fato são roubados com mais frequência. O que pode explicar a ausência do Gol nesta lista e a presença, por exemplo, de um Fusion. Um total de 21.017 carros foram roubados entre os 47.476.323 carros que circularam pelas ruas em agosto. Os dados correspondem a uma média de 4 carros roubados a cada 10.000. A mesma frequência do mês de julho. Veja as fotos acima se saiba quais foram os carros mais visados pelos ladrões em agosto e por que eles foram os mais roubados.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 96 Frota em julho: 96.010 Frequência de roubos/furtos: 0,10% O hatch compacto premium da Fiat passou do 3º lugar no ranking de julho para o 1º lugar em agosto. Segundo o sócio da Economizenoseguro.com, Claudio Royo, as peças do Punto são caras ou difíceis de encontrar nas concessionárias, por isso o índice de roubo é alto. "Quando não tem peça no mercado original, ou há dificuldade para reposição, os motoristas procuram as peças no mercado paralelo e assim, acabam incentivando os roubos", explica.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 88 Frota em julho: 90.041 Frequência de roubos/furtos: 0,10% Assim como em julho, o Fiat Stilo manteve-se em segundo lugar entre os mais roubados em agosto. O hatch médio foi lançado no BRasil em 2002 e sua produção foi encerrada em 2010. Ao sair de linha, o valor de mercado do carro sofre uma grande depreciação, mas as peças originais continuam com o valor correspondente ao de um carro novo, isso as torna mais caras em termos relativos. "O Stilo é um carro que custava 60.000 reais e agora pode chegar a custar 25.000 reais, mas a peça original fica subsidiada no custo de 60.000 reais. Assim o motorista que compra o carro por 25.000 reais não consegue pagar por peças originais e busca outras peças no mercado paralelo", justifica Royo.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 48 Frota em julho: 55.337 Frequência de roubos/furtos: 0,09% O sedan da Ford, o terceiro carro com mais frequência de roubo em agosto, não figurava na lista de julho. O sócio da Economizenoseguro.com afirma que o carro é muito roubado pela dificuldade em encontrar peças para reposição. "Eu já vi um caso de um motorista do Fusion que precisou repor uma borracha na porta e teve que esperar um ano para conseguir a peça na concessionária. Para trocar apenas um capô, a concessionária cobra 8.000 reais". Ele acrescenta ainda que também contribuem para os roubos o fato de o Fusion ter um alto custo de manutenção e o fato de ser um carro que se deprecia muito. "Um novo é vendido por 108.000 reais, enquanto um modelo 2010 é vendido por 60.000 reais e mais uma vez, o motorista pode pagar um carro de 60.000 reais, mas às vezes não consegue pagar a peça que tem custo equivalente ao carro de 108.000 reais ", explica. Com valores altos para reposição de peças originais, o carro é mais roubado para atender a demanda de motoristas que buscam os itens no mercado negro.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 70 Frota em julho: 82.071 Frequência de roubos/furtos: 0,09% O Spacefox manteve a mesma posição do ranking de julho. O sportvan tem painéis e espaço interno semelhantes ao Fox e Crossfox, mas é mais equipado. Assim, segundo explica Royo, o carro é muito roubado para que suas peças sejam usadas para equipar os modelos mais básicos. "A roda do Spacefox vale para toda a linha da Volkswagen, ele normalmente tem banco de couro e o rádio que vem de fábrica é diferenciado e pode ser instalado em um Fox, por exemplo, porque eles têm o mesmo painel. Esse rádio, na concessionária custa 2,400 reais e no Mercado Livre você encontra por 400 ou 600 reais", diz.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 47 Frota em julho: 56.092 Frequência de roubos/furtos: 0,08% O utilitário da Fiat caiu da primeira posição do ranking de julho para a quinta em agosto. Claudio Royo explica que os carros utilitários costumam ter índices de roubo maiores do que os carros de passeio por alguns motivos. O primeiro deles é que o desgaste deste tipo de carro, que é usado para transporte, é maior e assim também aumenta a necessidade de repor as peças. O segundo é que são carros que costumam ficar mais parados na rua, portanto mais expostos. E por fim, ele explica que muitos autônomos costumam usar o modelo para trabalhar com transporte, mas normalmente não calculam as despesas para manter o carro. "Se eles ganham 5.000 reais, eles ganham o valor pelo serviço, mas também para manter o negócio, que seria o carro. Mas, eles acabam usando os pagamentos como se fossem apenas para despesas pessoais e não calculam no orçamento o valor para manter o carro, assim eles acabam buscando as pelças mais baratas no mercado negro", esclarece Royo.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 66 Frota em julho: 83.154 Frequência de roubos/furtos: 0,08% A Hyunday Tucson também não estava listada entre os carros mais roubados em agosto. Novamente, Royo diz que a depreciação do carro é o que leva à alta frequência de roubos. "A Tucson, quando foi lançada, custava 100.000 reais reais e hoje você compra uma usada por 35.000 reais. A relação custo de peças versos custo do veículo fica muito cara. Quem tem tem bolso para comprar um carro de 30.000 reais pode não ter bolso para a manutenção de um carro de 100.000 reais", afirma.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 270 Frota em julho: 341.120 Frequência de roubos/furtos: 0,08% O Fiat Fiorino caiu algumas posições e passou do 4º lugar em julho para o 7º em agosto. O alto índice de roubos do furgão leve da Fiat tem praticamente as mesmas explicações que o Ducato. Ambos os carros, por serem usados para transporte, acabam mais expostos e com maior nível de desgaste, resultando em uma maior demanda por peças. Além disso, como o carro é líder no segmento de veículos comerciais leves e está no mercado desde 1980, um volume ainda maior de motoristas precisam de peças para reposição. Com a demanda alta, os ladrões sabem que ao roubar o carro terão sucesso nas vendas no mercado negro e acabam pressionando a frequência de roubos.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 302 Frota em julho: 387.107 Frequência de roubos/furtos: 0,08% No caso do sedan da Honda, o sócio do Economizenosegur.com explica que o primeito fator que justfica os roubos é o alto custo das peças. "Em um Civic, um rolamento em uma concessionária custa 990 reais e no mercado paralelo, em uma loja em loja de autopeças, custa 280 reais. As peças são muito mais caras na concessionária e o carro é mais roubado para atender quem busca valores mais baixos de peças roubadas", diz. O outro fator que pressiona a frequência de roubo é a depreciação do carro. "Um Civic automático usado pode custar 38.000 reais. O comprador dá uma entrada de 4.000 reais e consegue comprar o carro, mas depois o custo de manutenção pesa no orçamento", conclui.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 62 Frota em julho: 86.328 Frequência de roubos/furtos:0,07% O Renault Mégane passou do 8º lugar no ranking de julho para o 9º lugar em agosto. Assim como no caso de outros modelos, a depreciação é o principal motivador dos roubos, segundo Royo. "Como o Mégane saiu de linha, a depreciação é ainda maior e além disso há mais dificuldade em encontrar peças originais", avalia.
Quantidade de roubados/furtados em julho: 67
Frota em julho: 96.844 Frequência de roubos/furtos: 0,07% O Fiat Dobló não estava entre os carros mais roubados em julho. Assim como no caso de outros carros da Fiat, Royo explica que o Dobló esteja entre os carros mais roubados pelo fato de as peças da montadora apresentarem custo mais elevado. "Além disso, o carro também é um utilitário e passa pelos mesmos problemas que o Ducato e o Fiorino, o maior desgaste e exposição". afirma.