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Onde investir para a reserva de emergência em 2021

O Tesouro Selic, título mais recomendado para gastos imprevistos, chegou a ficar negativo em 2020. O que fazer neste ano?

Sim, a reserva de emergência pode oscilar. Mesmo nos investimentos mais conservadores não é recomendável neutralizar o risco (Priscila Zambotto/Getty Images)

Marília Almeida

Publicado em 20 de janeiro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 20 de janeiro de 2021 às 20h34.

O ano de 2020 e a crise provocada pela pandemia reservaram uma experiência difícil aos investidores : o forte sobe-e-desce do mercado atingiu até mesmo a reserva de emergência. Em setembro, o título público mais recomendado para compor a reserva para despesas imprevistas -- o Tesouro Selic -- ficou negativo, resultado dos juros na mínima histórica em 2% ao ano em conjunto com a alta necessidade de financiamento do governo.

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Apesar de no acumulado de 2020, o título ter registrado rentabilidade positiva muita gente pode ter ficado assustada e com vontade de correr de volta para a poupança. Isso é extremamente desaconselhável: atualmente, a poupança rende apenas 70% da taxa Selic. Então, o que fazer?

Manter o rumo investindo em Tesouro Selic ou fundos que aplicam nesses títulos sem cobrar taxa e, o mais importante: aprender que risco baixo não significa risco nulo, diz Juliana Machado, especialista em fundos de investimento da EXAME Research, em relatório.

Segundo Machado, não se deve olhar apenas para a rentabilidade em um investimento, especialmente ao montar uma reserva de emergência. O mais importante é segurança e liquidez.

Perspectivas para 2021

Segundo Machado, o prêmio de risco do Tesouro Selic diminuiu bastante e essa tendência deve continuar ao longo do ano. Esse comportamento deve provocar uma normalização e um menor vai e vem desses títulos no mercado, bem como os chamados fundos taxa zero que investem nesses títulos.

Atualmente, o prêmio do Tesouro Selic com vencimento em 2025 está em 0,13%. Em setembro, era de 0,09%. Apesar de ainda elevado, a especialista acredita que há espaço para uma queda maior. Contudo, esse movimento dependerá de ações do governo de forma a preservar o teto dos gastos públicos.

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Mas economistas apostam na manutenção do teto, e isso, além do avanço da vacina para conter a covid-19 e a expectativa de aumento dos juros no segundo semestre, dão otimismo para que o prêmio de risco do título diminua.

Portanto, o risco apropriado para a reserva de emergência continua a ser o do governo, que é o menor em uma economia. Conclusão: a especialista reafirma a aplicação da reserva de emergência em fundos com taxa zero que investem em títulos Tesouro Selic. Isso porque a aplicação direto no Tesouro Selic pode ter a cobrança de taxa de custódia da B3, dependendo do valor.

 

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