Mais 20 empresas estão aptas a lançar ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no próximo ano. A previsão foi feita por Luiz Fernando Resende, vice-presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) que, no entanto, não divulgou o nome das companhias. "Estamos otimistas", disse. "O ano de 2006 tem tudo para repetir o bom desempenho de 2005."

Um balanço divulgado nesta quarta-feira (14/12) pela Anbid mostra que 2005 foi um ano recorde para o mercado de capitais brasileiro. As emissões de ações e de instrumentos privados de dívida, como as debêntures e os fundos de recebíveis, chegaram a 65 bilhões de reais neste ano volume 144% superior ao registrado em 2004. E ainda emissões de quase 7 bilhões de reais em análise.

A maior parte dessas emissões 51 bilhões de reais veio do mercado de dívida. O destaque ficou por conta das debêntures. Os novos lançamentos somaram quase 40 bilhões de reais, um crescimento de 316% em relação a 2005. Mais da metade desse volume partiu das empresas de leasing, em razão do crescimento das operações de financiamento de veículos.

Também cresceram as captações dos fundos de recebíveis alta de 58%, para 8 bilhões de reais e dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) alta de 152%, para 1 bilhão de reais.

No mercado acionário, as emissões somaram quase 14 bilhões de reais, um recorde, segundo a Anbid. O volume é 49% superior ao registrado em 2005. A maior parte das emissões (70%) foi composta de ofertas secundárias de papéis. É o caso da Localiza e da Nossa Caixa, por exemplo. O restante foram ofertas primárias, como a da Renar Maçãs. Houve ainda lançamentos mistos, como Cyrela, Energias do Brasil e Submarino.