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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou nesta terça-feira (8/11) a suspensão por 15 dias da oferta pública de ações ordinárias da Cosan -- líder mundial nos mercados de açúcar e álcool de cana --, cujo processo de precificação (bookbuilding) seria encerrado amanhã.
A oferta, cujo pedido de registro está em análise desde 2 de setembro, foi interrompida porque a CVM detectou em uma reportagem declarações de executivos da Cosan e do banco Morgan Stanley Dean Witter, contratado para estruturar a operação, que "não se encontram objetivamente refletidas no prospecto". O prospecto documenta a situação e perspectiva financeira e operacional da empresa, e é dirigido a potenciais investidores.
A CVM informa que, entre essas declarações, publicadas pela edição mais recente da revista Dinheiro Rural, estão as seguintes: "45 reais é o valor unitário estimado de venda dos papéis da Cosan"; "2,8 bilhões de reais será o valor de mercado da companhia depois do lançamento de ações"; "há, no mercado, grande otimismo em torno do negócio" e "em função do Protocolo de Kyoto, vários países estão ampliando os percentuais de adição de álcool, um combustível verde e renovável, ao diesel e à gasolina."
Ao participar da reportagem, rompeu-se o período de silêncio imposto a empresas e intermediários até o encerramento da distribuição de ações. O artigo 48 da instrução 400 da CVM, de 2003, determina esta e outras exigências para garantir qualidade, transparência e igualdade de acesso à informação sobre as operações.