Imóveis devem ganhar peso em fundos de previdência
Brasilprev acredita em maior diversificação como forma de buscar retornos atraentes em um ambiente de juros mais baixos
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 16h56.
São Paulo – O corte “surpresa” de 0,50 ponto percentual que o Copom (Comitê de Política Monetária) promoveu na Selic em agosto é só um dos componentes que mudou o cenário de investimentos no Brasil. Ao lado da redução da taxa básica de juros, estão fatores como a maior expectativa de inflação e bolsa volátil e sensível ao cenário externo. “A principal mudança com esse cenário é no comportamento do investidor, que fica mais cauteloso e tende a migrar para a renda fixa”, diz Sérgio Rosa, presidente da Brasilprev, empresa de previdência privada aberta do Banco do Brasil.
Segundo Rosa, embora não renda mudanças imediatas na estratégia da companhia, o momento da economia traz oportunidade de ampliar a gama de ativos investidos no futuro. “A queda de juros abre espaço para diversificação. As aplicações imobiliárias, por exemplo, devem ganhar espaço com esse cenário”, afirma. Segundo ele, o aumento das aplicações em ativos como fundos imobiliários e CRIs, que devem se tornar mais competitivos, não deve ser sentido logo em 2012. “É um efeito de mais longo prazo”, afirma.
A estratégia da empresa para o próximo ano está sendo traçada e deve mudar pouco em relação ao que passou em 2011. “Nossa estratégia é sempre baseada no longo prazo, em um horizonte de 36 meses”, afirma Márcio Matos, superintendente de investimentos da Brasilprev.
A companhia, que trabalha com “fundos de fundos”, tem 95% dos seus ativos alocados em renda fixa. Dentro da categoria, as NTN-Bs com vencimento em cinco anos são a maior aposta. “Buscamos uma exposição a esses títulos maior que a média do mercado. Com isso, sofremos um pouco no primeiro semestre, o que mudou a partir de agosto, com a redução de juros pelo Copom”, diz Matos. A estratégia é muito parecida com a que a companhia usou em 2010, justamente por planejar os investimentos sempre para o longo prazo.
Nos produtos que oferecem renda variável, as grandes estrelas foram as ações que distribuem dividendos. “A continuidade do sucesso desses papéis em 2012 é algo que discutimos muito em nossa estratégia de investimento”, afirma Matos. Segundo ele, é difícil definir se os dividendos continuarão em alta durante o ano que vem. Para o executivo, algumas hipóteses que poderiam mudar essa situação é a continuidade de bons resultados para as empresas e a possibilidade de que elas retenham mais os ganhos para investir.
Brasilprev espera atingir 50 bilhões de reais em ativos
A Brasilprev, que hoje detém 46,8 bilhões de reais em ativos sob gestão, prevê encerrar 2011 com 50 bilhões de reais em suas carteiras. “O crescimento do PIB, o aumento da renda real, do nível de emprego e da expectativa de vida são os principais fatores que impulsionam o mercado”, diz Sérgio Rosa.
No acumulado do ano até setembro, a arrecadação da Brasilprev soma 8,190 bilhões de reais nas modalidades de planos de PGBL e VGBL, aumento de 35,4% ante o mesmo período de 2010. Na mesma base de comparação, o mercado cresceu 22,3% e soma arrecadação de 34,87 bilhões de reais, segundo dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).
São Paulo – O corte “surpresa” de 0,50 ponto percentual que o Copom (Comitê de Política Monetária) promoveu na Selic em agosto é só um dos componentes que mudou o cenário de investimentos no Brasil. Ao lado da redução da taxa básica de juros, estão fatores como a maior expectativa de inflação e bolsa volátil e sensível ao cenário externo. “A principal mudança com esse cenário é no comportamento do investidor, que fica mais cauteloso e tende a migrar para a renda fixa”, diz Sérgio Rosa, presidente da Brasilprev, empresa de previdência privada aberta do Banco do Brasil.
Segundo Rosa, embora não renda mudanças imediatas na estratégia da companhia, o momento da economia traz oportunidade de ampliar a gama de ativos investidos no futuro. “A queda de juros abre espaço para diversificação. As aplicações imobiliárias, por exemplo, devem ganhar espaço com esse cenário”, afirma. Segundo ele, o aumento das aplicações em ativos como fundos imobiliários e CRIs, que devem se tornar mais competitivos, não deve ser sentido logo em 2012. “É um efeito de mais longo prazo”, afirma.
A estratégia da empresa para o próximo ano está sendo traçada e deve mudar pouco em relação ao que passou em 2011. “Nossa estratégia é sempre baseada no longo prazo, em um horizonte de 36 meses”, afirma Márcio Matos, superintendente de investimentos da Brasilprev.
A companhia, que trabalha com “fundos de fundos”, tem 95% dos seus ativos alocados em renda fixa. Dentro da categoria, as NTN-Bs com vencimento em cinco anos são a maior aposta. “Buscamos uma exposição a esses títulos maior que a média do mercado. Com isso, sofremos um pouco no primeiro semestre, o que mudou a partir de agosto, com a redução de juros pelo Copom”, diz Matos. A estratégia é muito parecida com a que a companhia usou em 2010, justamente por planejar os investimentos sempre para o longo prazo.
Nos produtos que oferecem renda variável, as grandes estrelas foram as ações que distribuem dividendos. “A continuidade do sucesso desses papéis em 2012 é algo que discutimos muito em nossa estratégia de investimento”, afirma Matos. Segundo ele, é difícil definir se os dividendos continuarão em alta durante o ano que vem. Para o executivo, algumas hipóteses que poderiam mudar essa situação é a continuidade de bons resultados para as empresas e a possibilidade de que elas retenham mais os ganhos para investir.
Brasilprev espera atingir 50 bilhões de reais em ativos
A Brasilprev, que hoje detém 46,8 bilhões de reais em ativos sob gestão, prevê encerrar 2011 com 50 bilhões de reais em suas carteiras. “O crescimento do PIB, o aumento da renda real, do nível de emprego e da expectativa de vida são os principais fatores que impulsionam o mercado”, diz Sérgio Rosa.
No acumulado do ano até setembro, a arrecadação da Brasilprev soma 8,190 bilhões de reais nas modalidades de planos de PGBL e VGBL, aumento de 35,4% ante o mesmo período de 2010. Na mesma base de comparação, o mercado cresceu 22,3% e soma arrecadação de 34,87 bilhões de reais, segundo dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).