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Fundo agressivo é pior que cassino, afirma Delfim Netto

Ex-ministro da Fazenda defende o controle desse mercado pelo governo

Delfim Netto: Por que nós precisamos de um fundo agressivo? (Carol do Valle /VEJA)
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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 19h18.

São Paulo – O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto afirma que os fundos de investimentos que operam alavancados são piores que cassinos e precisam ser controlados pelo governo.

A declaração foi feita em sua participação semanal no Jornal Gente da Rádio Bandeirantes de São Paulo ao comentar a necessidade de os governos adotarem medidas mais rigorosas de controle do mercado financeiro ( ouça abaixo ).

“Um desses fundos chamados de agressivos quebrou. Ele tinha na mão dele 6% ou 7% das ações de uma empresa bastante razoável e produziu uma queda de 30% no valor da empresa porque precisava liquidar tudo. A empresa agora está em uma enorme dificuldade porque perdeu crédito, perdeu o diabo."

Embora não tenha citado nomes, Delfim Netto claramente se referia ao BNY Mellon, que decidiu fechar todas as carteiras da gestora de recursos GWI Investimentos para evitar prejuízo ao conjunto dos cotistas.

Reportagem de EXAME.com publicada na quarta-feira passada (10) mostra que o fundo de investimentos da gestora GWI perdeu 70% do valor da sua cota apenas em agosto ao operar alavancado em papéis do frigorífico Marfrig.

Delfim Netto mostrou-se indignado com o ocorrido. “Por que nós precisamos de um fundo agressivo? Isso não pode existir. Isso precisa ser controlado mesmo. Na verdade, dizem que só entra lá quem quiser. É um cassino. Você está fazendo um jogo, só que está fazendo um jogo com muito mais males do que faz no cassino. No cassino, ele perde o dele para o dono do cassino. Aqui ele perde o do outro.”

O ex-ministro da Fazenda apoia a decisão de alguns países europeus que proibiram vendas a descoberto de ações do setor financeiro. “Eu acho que essa medida que foi tomada é bastante razoável. Você tem uma especulação desenfreada com venda de papéis que você não tem ou de papéis que você tomou emprestado e que produzem resultados dramáticos.”

Ouça a declaração do ex-ministro Delfim Netto à Rádio Bandeirantes

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São Paulo – O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto afirma que os fundos de investimentos que operam alavancados são piores que cassinos e precisam ser controlados pelo governo.

A declaração foi feita em sua participação semanal no Jornal Gente da Rádio Bandeirantes de São Paulo ao comentar a necessidade de os governos adotarem medidas mais rigorosas de controle do mercado financeiro ( ouça abaixo ).

“Um desses fundos chamados de agressivos quebrou. Ele tinha na mão dele 6% ou 7% das ações de uma empresa bastante razoável e produziu uma queda de 30% no valor da empresa porque precisava liquidar tudo. A empresa agora está em uma enorme dificuldade porque perdeu crédito, perdeu o diabo."

Embora não tenha citado nomes, Delfim Netto claramente se referia ao BNY Mellon, que decidiu fechar todas as carteiras da gestora de recursos GWI Investimentos para evitar prejuízo ao conjunto dos cotistas.

Reportagem de EXAME.com publicada na quarta-feira passada (10) mostra que o fundo de investimentos da gestora GWI perdeu 70% do valor da sua cota apenas em agosto ao operar alavancado em papéis do frigorífico Marfrig.

Delfim Netto mostrou-se indignado com o ocorrido. “Por que nós precisamos de um fundo agressivo? Isso não pode existir. Isso precisa ser controlado mesmo. Na verdade, dizem que só entra lá quem quiser. É um cassino. Você está fazendo um jogo, só que está fazendo um jogo com muito mais males do que faz no cassino. No cassino, ele perde o dele para o dono do cassino. Aqui ele perde o do outro.”

O ex-ministro da Fazenda apoia a decisão de alguns países europeus que proibiram vendas a descoberto de ações do setor financeiro. “Eu acho que essa medida que foi tomada é bastante razoável. Você tem uma especulação desenfreada com venda de papéis que você não tem ou de papéis que você tomou emprestado e que produzem resultados dramáticos.”

Ouça a declaração do ex-ministro Delfim Netto à Rádio Bandeirantes

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