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Dívida estudantil: Serasa realiza campanha de renegociação para estudantes com descontos de até 93%

Ao todo, mais de 2 milhões de alunos poderão ser beneficiados; veja como aproveitar as ofertas

Inadimplência: 49% dos entrevistados já tiveram que trancar o curso por causa de dívidas com as universidades (Germano Lüders/Exame)

Inadimplência: 49% dos entrevistados já tiveram que trancar o curso por causa de dívidas com as universidades (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 18 de janeiro de 2024 às 11h20.

Em meio ao período de rematrícula, a Serasa lançou uma campanha de renegociação para estudantes com mensalidades atrasadas. Ao todo, mais de 2 milhões de alunos poderão ser beneficiados com as 6,2 milhões de ofertas disponíveis.

As negociações ocorrem na plataforma Serasa Limpa Nome, onde os estudantes podem encontrar descontos de até 93%, além da possibilidade de parcelamento em até nove vezes. Segundo a empresa, são 57 instituições parceiras em todo o Brasil, como as faculdades das redes Estácio, Anhanguera, Pitágoras, UNIC, Uniderp, Unime e Unopar.

Para conferir as ofertas e condições disponíveis na plataforma da Serasa, os devedores podem consultar os canais oficiais da empresa e negociar de forma online, como no site, no aplicativo Serasa (disponível no Google Play e App Store) ou pelo WhatsApp (!1) 99575-2096. O processo também pode ser realizado presencialmente nas agências dos Correios espalhadas pelo país.

De acordo com Aline Maciel, gerente da plataforma Limpa Nome, a renegociação de débitos deve ser o primeiro passo para retomar a saúde financeira: “Aproveitar as ofertas disponíveis, em um acordo que caiba no orçamento, é uma boa oportunidade também para quem pretende se rematricular e voltar aos estudos em 2024”, diz Aline.

Desafios do ensino superior

Uma pesquisa realizada pela Serasa buscou entender o comportamento dos estudantes endividados. O estudo foi realizado em parceria com o Instituto Opinion Box e ouviu, ao todo, 987 alunos inadimplentes com instituições de ensino.

Como resultado, o levantamento revela que 49% dos entrevistados já tiveram que trancar o curso por causa de dívidas com as universidades. O desemprego foi apontado por 31% dos estudantes como o principal motivo para interromper os estudos, seguido da necessidade de priorizar o pagamento de outras contas (18%) e da redução de renda (15%).

Nove em cada 10 deles afirmaram arcar com as despesas do curso inteiramente sozinhos. Pelo menos metade das dívidas atuais (51%) estão, atualmente, entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. Como um resultado de destaque, 43% dos endividados afirmam que desejam quitar a dívida para retomar os estudos e outros 40% querem se livrar das pendências com objetivo de limpar o nome.

As dívidas, inclusive, afetam a capacidade de concentração nas aulas, conforme responderam 19% dos universitários. De acordo com Valéria Meirelles, psicóloga do Dinheiro, a inadimplência pode impactar na vida dos estudantes de forma semelhante aos trabalhadores, já que gera o sentimento de preocupação constante e tira o foco das atividades no dia a dia.

“Aos alunos, pode estimular a perda de foco nos estudos e nas provas, além de repercutir na relação com os amigos e nos momentos de lazer, que ajudam a trabalhar suas conexões e a sua saúde mental. É uma situação complicada, pois pode tirar a condição deste estudante de completar a graduação, se formar e se desenvolver na vida profissional como um todo”, explica.

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