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Corretora do Santander reduz indicação e preço-alvo da Gerdau

Demanda por aços longos caiu mais que o previsto, pressionando os preços e diminuindo as margens

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Devido aos impactos da crise, a corretora Santander - que trabalhada de forma independente do banco - rebaixou o preço-alvo das ações preferenciais (sem direito a voto) da Gerdau (GGBR4) de 21 reais para 14,30 reais para o fim de 2009.

A recomendação aos ativos seguiu a mesma lógica de deterioração econômica e foi rebaixada de compra para underperform (desempenho abaixo da média do mercado). Com a avaliação mais pessimista feita, as ações operavam com baixa de 0,86% às 15h56, cotadas a 11,57 reais.

"Estamos rebaixando significantemente nossas estimativas para o desempenho operacional da Gerdau em 2009 e 2010, já que esperamos uma contração mais profunda na demanda por aços longos [utilizados na construção civil] no Brasil do que o anteriormente antecipado", explicou.

Em sua análise, a corretora levou em consideração dados que mostram o forte impacto da crise na economia doméstica, como a queda de 3,6% do PIB no quarto trimestre.

O desaquecimento da atividade doméstica leva a uma menor demanda por matérias-primas, como o aço, prejudicando as margens da Gerdau.

Havia a expectativa que a demanda por aços longos e os preços demorariam mais para declinar que os dos aços planos – utilizados na fabricação de veículos e geladeiras. Porém, o volume de vendas caiu 30% somente no quarto trimestre, tanto no mercado interno quanto externo.

Para 2009, a nova expectativa é que o volume total de vendas recue 12% na comparação anual, frente à queda de 5% esperada anteriormente.

Na América do Norte, onde a Gerdau também tem presença significativa, a situação é ainda mais crítica, com uma redução estimada de 30% neste ano. Com isso, os preços também são pressionados: os analistas esperam um recuo de 15%.

Nem mesmo os investimentos do governo em infra-estrutura serão capazes de surtir um efeito significativo na demanda pelo aço em curto e médio prazo, na visão da corretora.

Com isso, as projeções dão conta de um Ebitda (ganhos antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 40% menor em 2009 em comparação com o ano passado, enquanto há a probabilidade de a empresa focar mais em sua dívida que em seus investimentos.

Para a corretora do Santander, é provável que a Gerdau perca o "grau de investimento" concedido pelas agências de avaliação de risco. A Standard & Poor's já colocou a nota de risco da empresa em perspectiva negativa devido à provável redução na geração de caixa.
 

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