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Ativa indica as melhores ações para 2011

Corretora elege seu portfólio para o próximo ano e aponta os prós e contras de cada um dos papéis

Terminal Santos Brasil no Porto de Santos: expectativas de ganhos de market share no país (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2010 às 21h35.

São Paulo - Com uma oferta abundante de crédito e mercado de trabalho aquecido, a economia brasileira retomou neste ano a trajetória de crescimento interrompida com a crise de 2008. Para os analistas da corretora Ativa, os frutos desse momento continuarão sendo colhidos em 2011, ainda que haja uma moderação do ritmo de expansão. Os maiores ganhos devem ser observados em setores ligados à demanda interna, baseados tantos no consumo, quanto nos gastos com investimento.

São dois os pilares que sustentam essa lógica. De um lado, se avizinha a realização da Copa do Mundo e das Olimíadas. De outro, o governo recém eleito já sinalizou que fará da melhoria em infraestrutura uma de suas principais bandeiras. Por isso, o investidor deve, segundo a corretora, privilegiar os ativos que irão se beneficiar com as grandes obras.

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Papéis ligados a commodities também devem performar positivamente. A Ativa espera que o Ibovespa chegue até 82.000 pontos em dezembro de 2011, puxado, em grande parte, pela recuperação dessas ações. Ao longo de 2010, a forte queda dos papéis da Petrobras e o impacto do setor siderúrgico, que sofreu com a pressão da oferta por parte da China, travaram uma relação direta com o pífio desempenho do principal índice da Bolsa.

Com a expectativa de recuperação da economia internacional, a corretora acredita que esses papéis vão apresentar maior potencial de retorno nos próximos 12 meses. "Não mudamos a visão otimista para o médio e longo prazo para o mercado acionário no Brasil, em especial se os projetos de infraestrutura saírem do papel e começarem a virar realidade, o que, em conjunto com a retomada do controle inflacionário e gastos públicos, compõem um cenário propício para o aumento da confiança dos investidores e empresariado", assina a analista Luciana Leocadio em relatório.

Veja na próxima página as ações recomendadas pela Ativa para 2011 e os prós e contras de cada uma delas.

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EmpresaAçãoPrósContras
BradescoBBDC4- Forte espaço para crescimento do crédito no Brasil
- Foco em segmentos com alto potencial como seguros, SMEs e imobiliário
- Elevada capilaridade e ROE saudável
- Novas medidas de política monetária
- Possibilidade de elevação da inadimplência
- Acirramento da competição
CCR RodoviasCCRO3- Disciplina de investimentos e meta de duplicar EBITDA com portfólio atual
- Potencial de renegociação de contratos antigos ampliando prazo de contratos rentáveis
- Preparada para participar de forma relevante nas oportunidades do setor
- Revisão dos contratos existentes com redução de TIR
- Redução do nível de atividade econômica
- Elevação da concorrência nas novas licitações
GerdauGGBR4- Elevado potencial de crescimento em construção e infraestrutura
- Medidas do governo para desestimular importação de aço
- Possibilidade de recuperação da economia norte-americana a partir do segundo semestre
- Excesso de capacidade de aço no mercado externo
- Pressão competitiva das importações sobre preço
- Recuperação mais lenta dos EUA
LupatechLUPA3- Expectativa de investimento em capacidade produtiva da Petrobras
- Maior fornecedora de válvulas para o setor de petróleo e gás no MI
- Excelente relação com Petrobras, poucos competidores locais e conteúdo
- Baixa diversificação e elevada dependência da Petrobras
- Aumento da concorrência reduzirá retorno das licitações
- Retomada mais lenta rentabilidade das suas operações
Pão de AçúcarPCAR5- Player diversificado de varejo, com foco em alimentos e eletro
- Integração com Casas Bahia, com aproveitamento de sinergias
- Estratégia de expansão imprime maior crescimento à companhia
- Impacto das medidas de política monetária sobre eletro
- Eventuais dificuldades de integração com CB
- Concorrência acirrada em praças específicas
PDG RealtyPDGR3- Maior incorporadora listada em bolsa, com diversificação regional - Atua nos segmentos de baixa, média e alta renda
- Expectativa de melhoria de resultados, com absorção de sinergias da Agre
- Deterioração do cenário macroeconômico
- Elevação dos custos com mão de obra e outros
- Cenário de escassez de financiamento para o setor
PetrobrasPETR4- Forte potencial de crescimento das reservas provadas
- Empenho na redução dos custos dos investimentos em refino
- Aceleração da monetização das reservas
- Aumento significativo dos investimentos nos próximos anos
- Preço do petróleo no mercado futuro
- Desafios tecnológicos a serem superados
- Novas licitações de áreas estratégicas (reseva de mercado)
RandonRAPT4- Líder em autopeças para veículos pesados, implementos e vagões
- Beneficiada por investimentos em infraestrutura, expansão industrial e safra agrícola
- Ótimo nível de verticalização, o que possibilita ganhos de escala e de rentabilidade
- Aumentos no preço dos metais impactam custo
- Fim da isenção do IPI (dez/10) e FINAME-PSI (mar/11)
- Risco de venda da parte da PREVI (12,5% das PNs)
Santos BrasilSTPB11- Elevado market share (49%) em Santos, com 40% do volume dos portos brasileiros
- Expectativa de ganhos de market share no Sul (Itajaí-SC), com maior calado
- Aumento da rentabilidade com ganhos de escala
- Capacidade ociosa possibilita a captação da expansão do volume no curto/médio prazo
- Imbróglio societário
- Possível acirramento da concorrência em Santos
- Baixa liquidez do papel
TractebelTBLE3- Risco na transferência de ativos da Suez está parcialmente neutralizado
- Reservatórios fio d'água eleva volatilidade do PLD e aumenta o prêmio pela energia livre
- Geradoras privadas ganham atratividade relativa com o aumento do risco
- Empresa não tem demonstrado a mesma agressividade na aquisição de novos ativos
- Eventual interesse em novos empreendimentos pode implicar em elevação de risco para a geradora
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