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Como saber se meu plano de previdência privada é bom?

Consultores financeiros tiram dúvida de leitor sobre aposentadoria. Envie você também a sua pergunta

 (RomoloTavani/Thinkstock)

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Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 13h00.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2017 às 16h08.

Dúvida do leitor: Invisto em um plano de previdência privada do Itaú desde 1995. Pretendo me aposentar aos 65 anos, em 2025.

No momento, tenho 115 mil reais acumulados e contribuo com 850 reais por mês. Como saber se o plano é bom e se vale a pena continuar? É melhor mudar para outro tipo de aplicação?

Resposta de Fabiano Pessanha Silva* e Marcos Sampaio**:

A recente proposta do governo para alterar a Previdência Social tem contribuindo para aumentar as dúvidas sobre a aposentadoria entre os brasileiros.

Afinal, seremos obrigados a reivindicar a nossa aposentadoria somente aos 65 anos de idade ou não? Independente do que será aprovado, uma coisa podemos ter certeza: o interesse do brasileiro em previdência privada cresceu.

A previdência privada é uma das ferramentas de planejamento sucessório disponíveis para garantir não somente uma boa aposentadoria, como também a segurança patrimonial de milhares de investidores no Brasil. Mas diversas vezes as pessoas são orientadas a investir nesse produto financeiro sem de fato entender a alocação.

Para uma análise aprofundada sobre seu plano de previdência no banco Itaú, são necessárias muitas outras informações importantes como: sua previdência é PGBL ou VGBL? Sua tributação é regressiva ou progressiva? Caso seja um PGBL, o valor de 850 reais por mês é equivalente a 12% da sua renda tributável? Tem taxa de carregamento? Qual a carência?

Sobre a rentabilidade, e a partir de uma visão holística de um planejador financeiro, é inaceitável que apliquemos em produtos financeiros que tenham uma renda inferior a 100% do CDI.

São diversos os produtos financeiros, como fundos multimercado, renda fixa e até ações,  que possuem rentabilidade superior. E claro, se estiver dentro do seu perfil de investidor, porque não ser um pouco mais arrojado e diversificar um pouco seu portfólio, em busca de melhores rentabilidades?

Para você, diante dos dados apresentados, não será prudente realizar um saque de sua previdência sem antes ser realizado um estudo detalhado de onde você está financeiramente. Com sua aposentadoria chegando em 2025, e você já próximo dos 65 anos, qualquer movimento deve ser milimetricamente assertivo.

Uma excelente solução em muitos casos é a portabilidade. Porque não sair de uma previdência para outra mais rentável, ou com menor risco atrelado aos investimentos?

Afinal, essa inovação no mercado financeiro veio para facilitar a nossa vida como investidor, e deveria ser seguida por todas as classes de ativos. Você não paga nada para realizar a portabilidade e isso não interfere no prazo de resgate da aplicação.

*Fabiano Pessanha Silva é consultor financeiro na Bankrio Financial Group e possui a certificação CFP (Certified Financial Planner) concedida pela Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros). Também é conselheiro na Deduzir.me, startup que ajuda empresas e pessoas a aumentarem a dedução fiscal do seu Imposto de Renda.

**Marcos Sampaio é consultor financeiro na Bankrio Financial Group e possui a certificação CPA20 da ANBIMA (Associação Brasileira de Mercado de Capitais).

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