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Como manter as contas sob controle?

Internauta quer saber como dividir melhor os gastos, investir na carreira e ainda ajudar a família financeiramente

Contas: planejadora financeira ensina técnicas para não perder o controle dos gastos (Dave Dugdale/Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2012 às 07h48.

Pergunta da internauta: O que me questiono todos os dias é como pagar as contar e não deixar que se atrasem. Como posso dividir os meus gastos, investir no meu crescimento profissional, terminar a faculdade e ainda ajudar minha família financeiramente? (Vanessa Ribeiro do Nascimento)

Resposta de Cássia D’Aquino*

A maior parte das pessoas tropeça na hora de pagar as contas por perder de vista três componentes: organização, planejamento e disciplina.
A organização é fundamental para manter as contas em ordem. O cuidado de reuni-las assim que chegam em casa, reservando uma gaveta ou pasta especialmente para essa finalidade, impede que as contas virem aviõezinhos de papel ou tela para os desenhos das crias.

Outra maneira eficaz de organizar as contas é concentrar as datas de pagamento num mesmo período do mês. Sabendo que entre os dias 1 e 5, por exemplo, todos os pagamentos deverão ser providenciados, evita-se que a conta de luz do dia 26 termine no limbo da inadimplência.

As contas pagas com débito automático exigem redobrada organização. É preciso acompanhar de perto o saldo bancário para impedir que as contas distraídas naufraguem no cheque especial. Pouca gente percebe, mas, quando se trata das finanças, a sensação de perda de controle provocada pela desorganização pode ser muito perturbadora. Quase tanto quanto a falta de grana.

O planejamento, por sua vez, é essencial para fixar, no tempo, objetivos para o dinheiro. Definir o que se quer da vida no curto, médio e longo prazo, estabelecendo estratégias realistas para alcançar os cenários imaginados, ajuda a equacionar o inevitável.

Na vida, é preciso elencar as prioridades e fazer escolhas que sejam compatíveis com elas. Afinal, poucas pessoas no mundo têm tanto dinheiro que podem viver desobrigadas de optar entre “isso ou aquilo”. A maior parte de nós precisa dar tratos à alma e aos desejos para decidir se casa ou se compra uma bicicleta; se vai de luva ou de anel. Se serve de consolo, nesta vida ninguém tem tudo o que quer. Nem mesmo aquele pessoal que todo ano faz fila na lista da Forbes.

Por fim, estabelecidos os objetivos, é preciso disciplina para que a gente não se perca deles. A criação de um plano de investimento mensal, ainda que nutrido com pouco dinheiro, serve como motor e estímulo para a conquista de outros tantos planos.

Comece devagar, investindo sem pressa e sem exagerar no apetite poupador. Construir uma reserva financeira é ótimo, mas se endividar para mantê-la é para os tontos. Se a sua renda mensal não permite que você construa alguma espécie de poupança, é possível que tenha chegado a hora de cortar os gastos ou de inventar outras fontes de renda. Num caso ou no outro, você vai precisar de disciplina, coragem e uma dose extra de determinação.

*Cássia D’Aquino é autora de diversos livros sobre educação financeira e consultora em projetos do Banco Central, Banco Nacional de Angola, BM&FBovespa, Febraban e United States Agency for International Development (USAID).

Envie suas dúvidas financeiras para seudinheiro_exame@abril.com.br

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Pergunta da internauta: O que me questiono todos os dias é como pagar as contar e não deixar que se atrasem. Como posso dividir os meus gastos, investir no meu crescimento profissional, terminar a faculdade e ainda ajudar minha família financeiramente? (Vanessa Ribeiro do Nascimento)

Resposta de Cássia D’Aquino*

A maior parte das pessoas tropeça na hora de pagar as contas por perder de vista três componentes: organização, planejamento e disciplina.
A organização é fundamental para manter as contas em ordem. O cuidado de reuni-las assim que chegam em casa, reservando uma gaveta ou pasta especialmente para essa finalidade, impede que as contas virem aviõezinhos de papel ou tela para os desenhos das crias.

Outra maneira eficaz de organizar as contas é concentrar as datas de pagamento num mesmo período do mês. Sabendo que entre os dias 1 e 5, por exemplo, todos os pagamentos deverão ser providenciados, evita-se que a conta de luz do dia 26 termine no limbo da inadimplência.

As contas pagas com débito automático exigem redobrada organização. É preciso acompanhar de perto o saldo bancário para impedir que as contas distraídas naufraguem no cheque especial. Pouca gente percebe, mas, quando se trata das finanças, a sensação de perda de controle provocada pela desorganização pode ser muito perturbadora. Quase tanto quanto a falta de grana.

O planejamento, por sua vez, é essencial para fixar, no tempo, objetivos para o dinheiro. Definir o que se quer da vida no curto, médio e longo prazo, estabelecendo estratégias realistas para alcançar os cenários imaginados, ajuda a equacionar o inevitável.

Na vida, é preciso elencar as prioridades e fazer escolhas que sejam compatíveis com elas. Afinal, poucas pessoas no mundo têm tanto dinheiro que podem viver desobrigadas de optar entre “isso ou aquilo”. A maior parte de nós precisa dar tratos à alma e aos desejos para decidir se casa ou se compra uma bicicleta; se vai de luva ou de anel. Se serve de consolo, nesta vida ninguém tem tudo o que quer. Nem mesmo aquele pessoal que todo ano faz fila na lista da Forbes.

Por fim, estabelecidos os objetivos, é preciso disciplina para que a gente não se perca deles. A criação de um plano de investimento mensal, ainda que nutrido com pouco dinheiro, serve como motor e estímulo para a conquista de outros tantos planos.

Comece devagar, investindo sem pressa e sem exagerar no apetite poupador. Construir uma reserva financeira é ótimo, mas se endividar para mantê-la é para os tontos. Se a sua renda mensal não permite que você construa alguma espécie de poupança, é possível que tenha chegado a hora de cortar os gastos ou de inventar outras fontes de renda. Num caso ou no outro, você vai precisar de disciplina, coragem e uma dose extra de determinação.

*Cássia D’Aquino é autora de diversos livros sobre educação financeira e consultora em projetos do Banco Central, Banco Nacional de Angola, BM&FBovespa, Febraban e United States Agency for International Development (USAID).

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