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Como evitar que o dinheiro acabe com uma relação

Decisões que envolvem contas e gastos motivam muitas separações; veja o que especialistas aconselham ao casal

Casal diante da paisagem de Atenas (Matt Cardy/Getty Images)

Gabriela Ruic

Publicado em 12 de junho de 2011 às 08h58.

São Paulo – O Dia dos Namorados serve tanto para celebrar o amor quanto para gastar dinheiro. Desde que o casal esteja e sintonia, não faltam motivos nem opções românticas para celebrar a data ( clique aqui e veja algumas opções). Por outro lado, quando os dois já não estão se entendendo mais, é importante lembrar que sempre há formas de tentar salvar a relação. "Se o problema é dinheiro, uma conversa sincera é a primeira atitude", diz Sandra Blanco, consultora financeira e fundadora do primeiro fundo brasileiro de investimentos para mulheres. EXAME.com consultou especialistas e juntou dicas aplicáveis no dia a dia de qualquer casal para tornar a vida financeira mais saudável e menos conflituosa.

Veja a seguir cinco passos para melhorar a relação:

1Mantenha o diálogo aberto

Quanto antes um casal começar a conversar sobre dinheiro, melhor. André Massaro, consultor financeiro do MoneyFit, crê que a maneira como cada um se relaciona com as finanças pode gerar conflitos. "Um quer acumular dinheiro de olho no futuro e o outro quer viver o presente. Se eles não chegarem a um acordo, isso acaba se tornando uma fonte de conflito desnecessária", diz. “Falar de finanças parece castigo”, aponta Alexandre Lignus, consultor financeiro do IGF. "Mas os casais tem que fazer isso para encontrar um equilíbrio."

2 Faça reuniões

Mais que uma simples conversa, é interessante que o casal dedique algum tempo a analisar as contas, planejar os próximos gastos e fazer planos para o futuro. “Quando se tem controle sobre o fluxo financeiro, é mais fácil identificar quais investimentos podem ajudar turbinar a renda e quais despesas podem ser enxugadas”, explica Massaro. Já Lignus acredita que os encontros podem ser semanais. Assim, cria-se o hábito de conversar abertamente e também de poupar, evitando que o assunto torne-se um tabu na relação

3Conheça seu par

Num relacionamento, procure saber outros aspectos da personalidade do seu parceiro além de sua música favorita. "Ao conhecer o perfil do outro, compreende-se como ele lida com dinheiro e é mais fácil chegar a um denominador comum", acredita Sandra. É bom, por exemplo, saber quem da relação tem uma personalidade mais negociadora e quem é mais disciplinado. Uma vez notada a característica, não é preciso dizer quem deve ficar responsável pela compra do carro e quem deve fazer a lista do supermercado. Para os especialistas, identificar as qualidades de cada um e aplicá-las no dia a dia é uma estratégia eficiente para conter gastos desnecessários e aumentar as reservas.

4Mantenha a independência financeira

Um ponto de discórdia entre muitos especialistas em finanças pessoais é o que fazer com a renda do casal. Cabe aos dois testarem se a melhor coisa é cada um manter sua independência financeira ou juntar o dinheiro do casal em uma conta conjunta. Massaro, no entanto, aconselha o casal a ter uma estratégia de saída caso o amor acabe. “Espere o melhor, mas prepare-se para o pior”, diz ao mencionar que a unificação das finanças pode ser tornar uma dor de cabeça para quem se separa. Pessoas com autonomia profissional e financeira tendem a ter a autoestima mais elevada, o que contribui diretamente na qualidade do relacionamento. Claro que, quando se fala em orçamento familiar, a contribuição tem que vir das duas partes. No entanto, cada um deve ter a sua renda, sua reserva e, se possível, seu próprio patrimônio. “Isso é chamado de gerenciamento de risco”, brinca Massaro.

5Divida as contas

O problema que o "ego ferido" pode trazer para o relacionamento é outro ponto a ser analisado. Um ganha mais que o outro. E agora? Dividir as contas em partes iguais? “Esse é o ideal” diz Massaro. “O relacionamento é como uma sociedade na qual cada sócio detém 50% das ações”, diz. Se o casal preferir, a divisão de despesas também pode ser feita proporcionalmente ao que cada um ganha. Essa opção pode ou não vir acompanha de compensações. Para Sandra, a pessoa que ganha menos e paga menos pode ajudar em outras tarefas no dia a dia do casal. Desta maneira, evita-se que quem ganha mais se sinta prejudicado.

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São Paulo – O Dia dos Namorados serve tanto para celebrar o amor quanto para gastar dinheiro. Desde que o casal esteja e sintonia, não faltam motivos nem opções românticas para celebrar a data ( clique aqui e veja algumas opções). Por outro lado, quando os dois já não estão se entendendo mais, é importante lembrar que sempre há formas de tentar salvar a relação. "Se o problema é dinheiro, uma conversa sincera é a primeira atitude", diz Sandra Blanco, consultora financeira e fundadora do primeiro fundo brasileiro de investimentos para mulheres. EXAME.com consultou especialistas e juntou dicas aplicáveis no dia a dia de qualquer casal para tornar a vida financeira mais saudável e menos conflituosa.

Veja a seguir cinco passos para melhorar a relação:

1Mantenha o diálogo aberto

Quanto antes um casal começar a conversar sobre dinheiro, melhor. André Massaro, consultor financeiro do MoneyFit, crê que a maneira como cada um se relaciona com as finanças pode gerar conflitos. "Um quer acumular dinheiro de olho no futuro e o outro quer viver o presente. Se eles não chegarem a um acordo, isso acaba se tornando uma fonte de conflito desnecessária", diz. “Falar de finanças parece castigo”, aponta Alexandre Lignus, consultor financeiro do IGF. "Mas os casais tem que fazer isso para encontrar um equilíbrio."

2 Faça reuniões

Mais que uma simples conversa, é interessante que o casal dedique algum tempo a analisar as contas, planejar os próximos gastos e fazer planos para o futuro. “Quando se tem controle sobre o fluxo financeiro, é mais fácil identificar quais investimentos podem ajudar turbinar a renda e quais despesas podem ser enxugadas”, explica Massaro. Já Lignus acredita que os encontros podem ser semanais. Assim, cria-se o hábito de conversar abertamente e também de poupar, evitando que o assunto torne-se um tabu na relação

3Conheça seu par

Num relacionamento, procure saber outros aspectos da personalidade do seu parceiro além de sua música favorita. "Ao conhecer o perfil do outro, compreende-se como ele lida com dinheiro e é mais fácil chegar a um denominador comum", acredita Sandra. É bom, por exemplo, saber quem da relação tem uma personalidade mais negociadora e quem é mais disciplinado. Uma vez notada a característica, não é preciso dizer quem deve ficar responsável pela compra do carro e quem deve fazer a lista do supermercado. Para os especialistas, identificar as qualidades de cada um e aplicá-las no dia a dia é uma estratégia eficiente para conter gastos desnecessários e aumentar as reservas.

4Mantenha a independência financeira

Um ponto de discórdia entre muitos especialistas em finanças pessoais é o que fazer com a renda do casal. Cabe aos dois testarem se a melhor coisa é cada um manter sua independência financeira ou juntar o dinheiro do casal em uma conta conjunta. Massaro, no entanto, aconselha o casal a ter uma estratégia de saída caso o amor acabe. “Espere o melhor, mas prepare-se para o pior”, diz ao mencionar que a unificação das finanças pode ser tornar uma dor de cabeça para quem se separa. Pessoas com autonomia profissional e financeira tendem a ter a autoestima mais elevada, o que contribui diretamente na qualidade do relacionamento. Claro que, quando se fala em orçamento familiar, a contribuição tem que vir das duas partes. No entanto, cada um deve ter a sua renda, sua reserva e, se possível, seu próprio patrimônio. “Isso é chamado de gerenciamento de risco”, brinca Massaro.

5Divida as contas

O problema que o "ego ferido" pode trazer para o relacionamento é outro ponto a ser analisado. Um ganha mais que o outro. E agora? Dividir as contas em partes iguais? “Esse é o ideal” diz Massaro. “O relacionamento é como uma sociedade na qual cada sócio detém 50% das ações”, diz. Se o casal preferir, a divisão de despesas também pode ser feita proporcionalmente ao que cada um ganha. Essa opção pode ou não vir acompanha de compensações. Para Sandra, a pessoa que ganha menos e paga menos pode ajudar em outras tarefas no dia a dia do casal. Desta maneira, evita-se que quem ganha mais se sinta prejudicado.

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