Sala de aula vazia: apenas 15,5% das escolas entrevistadas mantiveram cronograma em formato EaD (Depositphotos/Exame)
Marília Almeida
Publicado em 30 de abril de 2020 às 15h44.
Última atualização em 4 de maio de 2020 às 13h39.
As escolas particulares estão fechadas desde março enfrentando a pandemia com grandes preocupações. Isso porque, de acordo com pesquisa realizada pela plataforma Melhor Escola, gestores escolares do Brasil inteiro têm apresentado dificuldades em relação a renegociação da mensalidade.
De acordo com o levantamento, 85% das escolas relatam que os pais já estão pedindo a revisão do valor cobrado das mensalidades e, para diminuir os impactos financeiros nas instituições de ensino, cerca de 76% das escolas se mostraram dispostas a flexibilizar as condições de pagamento.
Os gestores escolares buscam meios de manter o cronograma das aulas para que o serviço não seja caracterizado como não prestado. Dessa forma, é possível evitar questionamentos de pais sobre se devem ou não continuar a pagar a escola.
Ao todo foram analisadas 563 escolas da rede privada de ensino, desde o berçário até o Ensino Médio. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com os gestores de escolas, com portes de 2 até 2.200 alunos, durante os dias 6 a 17 de abril de 2020.
Após as primeiras medidas solicitadas pelo governo para a prevenção da pandemia, 93,5% das escolas das escolas entrevistadas cancelaram as atividades presenciais e 6,5% continuam com aulas presenciais. Entretanto, 15,5% das escolas cancelaram as atividades pedagógicas completamente e 84,5% mantiveram as aulas em modalidade EaD.
Etapa |
Taxa que manteve o Calendário Escolar |
Ensino Infantil |
24% |
Ensino Fundamental |
30% |
Ensino Médio |
42% |
A maioria das escolas afirma que estão com o calendário pedagógico prejudicado, sendo que, 45% anteciparam as férias e 47% irão repor as aulas após a quarentena.
Mesmo quando conseguem migrar as atividades para o ambiente virtual, as escolas ainda têm dificuldade em engajar os alunos e pais na ferramenta. Cerca de 39% das instituições consultadas relata algum obstáculo relacionada às plataformas digitais.