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Yduqs cai 4% na Bolsa após lucro 21,5% menor

Receita diminuiu no terceiro trimestre mesmo com crescimento da base de alunos

Estácio: rede de ensino aposta em compra da Adtalem Brasil para ampliar oferta de vagas em cursos de medicina (Estácio/Divulgação)

Estácio: rede de ensino aposta em compra da Adtalem Brasil para ampliar oferta de vagas em cursos de medicina (Estácio/Divulgação)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 12 de novembro de 2019 às 17h08.

Última atualização em 12 de novembro de 2019 às 17h10.

As ações da Yduqs, ex-Estácio, chegaram a cair 4,3% nesta terça-feira (12), após a empresa registrar lucro líquido de 152,5 milhões de reais no terceiro trimestre – queda de 21,5% se comparado ao mesmo período de 2018, quando a empresa teve lucro de 194,3 milhões de reais. Às 16h, os papéis da empresa do segmento de educação recuavam 3,62% e eram negociados a 36,78 reais.

A queda do lucro foi pressionada pela diminuição do ticket médio em 4,9% em cursos presenciais e 1,5% na categoria de ensino à distância. O indicador serve para avaliar a performance de vendas, ou seja, o retorno financeiro por aluno. A receita líquida caiu 2% na comparação anual, mesmo com crescimento de 8% da base de alunos na comparação anual.

Para analistas do BTG Pactual, a queda do ticket médio foi negativa, ainda mais porque, em outubro, a empresa apresentou uma “robusta” captação de alunos no segundo semestre. No período, 132.323 estudantes ingressaram na rede de ensino Yduqs, volume 45% acima do segundo semestre do ano passado.

Apesar da queda, a ação da Yduqs acumulava até ontem (11) valorização de 63,6% no ano. Um dos fatores que agradaram os investidores nos últimos tempos foi a compra da Adtalem Brasil, das marcas Ibmec, Damásio e Wyden. A negociação havia sido antecipada por EXAME.

Com a aquisição, a Yduqs afirmou em apresentação dos resultados que espera ter forte expansão em cursos de medicina, que já conta com 3,99 mil alunos. A expectativa da companhia é de que esse número chegue a 8,7 mil em 2024.

Em relatório, o BTG avalia aquisição como “altamente estratégica” e espera que negócio pressione para cima o preço das ações da Yduqs. “Contudo, como a transação deve se completar apenas daqui um ano, nós não vemos catalizadores no curto-prazo enquanto os lucros continuarem desinteressantes” escreveram.

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