São Paulo – As ações do UOL (UOLL4) operam em forte alta nesta quinta-feira (30) após a empresa anunciar a aquisição da Diveo Broadband por aproximadamente 700 milhões de reais e a saída da Portugal Telecom do bloco de controle da companhia. A participação de 29% foi comprada por João Alves de Queiroz Filho (conhecido como Júnior), fundador e controlador da Hypermarcas (HYPE3).
“Foi a grande aquisição prometida ao mercado, e foi excelente. A Diveo está entre as três maiores empresas do Brasil em infraestrutura, atrás de HP e IBM. Acaba com o problema do caixa e, hoje, a estrutura de capital é outra”, explica Daniel Castro, chefe de pesquisa da DLM Invista, gestora que possui ações do UOL em dois fundos. Ele calcula que a compra tenha sido feita a um múltiplo de sete vezes a geração de caixa da Diveo para 2010.
“Do ponto de vista de uso do caixa, depois de muito tempo, foi uma boa utilização e uma aquisição que está dentro do horizonte estratégico”, comemora Flávio Menezes, sócio e gestor da Mainstay, que também possui os papéis da empresa. Ele ressalta também a importância da entrada de Júnior no controle da companhia. “É o sócio que todo mundo quer ter”, afirma.
O valor da venda da posição da Portugal Telecom não foi publicado, mas analistas portugueses estimam que a operação tenha saído em torno de 110 milhões de euros, com as projeções variando entre 70 e 144 milhões de euros. Em reportagem recente do jornal Folha de S. Paulo, empresa da Folhapar e que é a controladora do UOL, o valor estimado foi de 350 milhões de reais. A PT poderia ter problemas com o CADE por ter participação na Oi, dona do portal iG.
A compra da Diveo deve auxiliar no crescimento das receitas em hosting corporativo, analisam os gestores. “O UOL está começando 2011 bem diferente de como começou 2010. Quando ela abriu o capital, 90% da receita com assinaturas. E a projeção para 2011 é de que acima de 60% das receitas venham do UOL Host, publicidade online e da PagSeguro. E são mercados com crescimento projetado acima de 20% no ano que vem”, ressalta Castro.
“A Diveo agrega não só no hosting, mas também em backbone (rede que concentra e distribui as informações de várias redes)”, afirma Menezes. “Gostamos bastante da aquisição, valeu a espera”, completa. As ações do UOL abriram em alta na manhã desta quinta-feira e chegaram a ser negociadas a 13,49 reais, com uma valorização de 5,5%. No ano, os papéis acumulam uma alta de 41%.
A analista Jacqueline Lison, da Fator Corretora, não descarta mudanças mudanças na política de remuneração dos acionistas. Hoje a empresa destina apenas 1% do seu lucro líquido ajustado para pagamento de dividendos. "A empresa sempre afirmou que estava preservando seu caixa para eventuais oportunidades de aquisições, que entendemos terem sido concretizadas com a compra da Diveo". A Fator recomenda a compra das ações, com um preço-alvo de 16 reais para 2011.
São Paulo – As ações do UOL (UOLL4) operam em forte alta nesta quinta-feira (30) após a empresa anunciar a aquisição da Diveo Broadband por aproximadamente 700 milhões de reais e a saída da Portugal Telecom do bloco de controle da companhia. A participação de 29% foi comprada por João Alves de Queiroz Filho (conhecido como Júnior), fundador e controlador da Hypermarcas (HYPE3).
“Foi a grande aquisição prometida ao mercado, e foi excelente. A Diveo está entre as três maiores empresas do Brasil em infraestrutura, atrás de HP e IBM. Acaba com o problema do caixa e, hoje, a estrutura de capital é outra”, explica Daniel Castro, chefe de pesquisa da DLM Invista, gestora que possui ações do UOL em dois fundos. Ele calcula que a compra tenha sido feita a um múltiplo de sete vezes a geração de caixa da Diveo para 2010.
“Do ponto de vista de uso do caixa, depois de muito tempo, foi uma boa utilização e uma aquisição que está dentro do horizonte estratégico”, comemora Flávio Menezes, sócio e gestor da Mainstay, que também possui os papéis da empresa. Ele ressalta também a importância da entrada de Júnior no controle da companhia. “É o sócio que todo mundo quer ter”, afirma.
O valor da venda da posição da Portugal Telecom não foi publicado, mas analistas portugueses estimam que a operação tenha saído em torno de 110 milhões de euros, com as projeções variando entre 70 e 144 milhões de euros. Em reportagem recente do jornal Folha de S. Paulo, empresa da Folhapar e que é a controladora do UOL, o valor estimado foi de 350 milhões de reais. A PT poderia ter problemas com o CADE por ter participação na Oi, dona do portal iG.
A compra da Diveo deve auxiliar no crescimento das receitas em hosting corporativo, analisam os gestores. “O UOL está começando 2011 bem diferente de como começou 2010. Quando ela abriu o capital, 90% da receita com assinaturas. E a projeção para 2011 é de que acima de 60% das receitas venham do UOL Host, publicidade online e da PagSeguro. E são mercados com crescimento projetado acima de 20% no ano que vem”, ressalta Castro.
“A Diveo agrega não só no hosting, mas também em backbone (rede que concentra e distribui as informações de várias redes)”, afirma Menezes. “Gostamos bastante da aquisição, valeu a espera”, completa. As ações do UOL abriram em alta na manhã desta quinta-feira e chegaram a ser negociadas a 13,49 reais, com uma valorização de 5,5%. No ano, os papéis acumulam uma alta de 41%.
A analista Jacqueline Lison, da Fator Corretora, não descarta mudanças mudanças na política de remuneração dos acionistas. Hoje a empresa destina apenas 1% do seu lucro líquido ajustado para pagamento de dividendos. "A empresa sempre afirmou que estava preservando seu caixa para eventuais oportunidades de aquisições, que entendemos terem sido concretizadas com a compra da Diveo". A Fator recomenda a compra das ações, com um preço-alvo de 16 reais para 2011.