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Bancos: o perigo das dívidas

O pedido de recuperação judicial da companhia telefônica Oi reacendeu uma luz amarela no mercado: qual o tamanho da exposição dos bancos às companhias endividadas? Em relatório, o banco Goldman Sachs estima que só as empresas listadas na Bolsa têm mais de 300 bilhões de reais em dívidas que vencem neste e no próximo ano. Até […]

ITAÚ: Banco comprou 49% da XP Investimentos / Sergio Moraes / Reuters

ITAÚ: Banco comprou 49% da XP Investimentos / Sergio Moraes / Reuters

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2016 às 20h47.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h18.

O pedido de recuperação judicial da companhia telefônica Oi reacendeu uma luz amarela no mercado: qual o tamanho da exposição dos bancos às companhias endividadas? Em relatório, o banco Goldman Sachs estima que só as empresas listadas na Bolsa têm mais de 300 bilhões de reais em dívidas que vencem neste e no próximo ano.

Até o início do ano, os casos de inadimplência estavam concentrados em pessoas físicas e empresas pequenas. Mas aí veio o pedido de recuperação judicial da fabricante de sondas Sete Brasil, em que cinco bancos detém quase 9 bilhões de reais em dívidas. Com a Oi, os grandes bancos brasileiros têm uma dívida de mais de 11,2 bilhões de reais.

O medo é de que outras empresas endividadas como a companhia aérea Gol e a siderúrgica Usiminas também entrem na lista de recuperação judicial, o que faria a questão da dívida virar um problema ainda maior. A Gol ganhou um alento ontem, com a aprovação na Câmara da entrada de capital estrangeiro nas empresas aéreas, o que deve aliviar seu caixa em breve.

O risco que os principais bancos do país quebrem por conta dessa exposição é ínfimo, mas o impacto em seus balanços pode gerar uma fuga de investidores. Isso porque as instituições financeiras são obrigadas a dar baixa contábil desses valores.

Já prevendo uma quebradeira das empresas neste ano, os bancos separaram 148 bilhões de reais em seus balanços para prevenção contra calotes entre 2015 e 2016. O problema é que o número de pedidos de recuperação dobrou nos primeiros cinco meses do ano – foram 433. Como a economia do país ainda não deve se recuperar de imediato, o risco de calote vai continuar no radar do sistema financeiro por um bom tempo.

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