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Ultra anuncia sucessão na liderança: Rodrigo Pizzinatto vira CEO e Lutz vai para o conselho

Atual CFO, executivo assume comando do grupo em abril; sucessão reforça visão estratégica da companhia em setores de combustíveis, logística e infraestrutura

Ultra: ações do grupo caem mais de 37% no ano (Ipiranga/Divulgação)
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 12h30.

Última atualização em 16 de dezembro de 2024 às 13h02.

O grupo Ultra, dono dos postos Ipiranga e da Ultragaz, anunciou um processo de transição em sua alta liderança, com mudanças que serão concluídas em abril de 2025. Marcos Lutz, atual CEO, vai presidir o conselho. Para a cadeira foi escolhido Rodrigo Pizzinatto, CFO da companhia nos últimos quatro anos.

O movimento, que já vinha sendo sinalizado, reforça a estratégia da companhia de consolidar-se como uma alocadora de capital de longo prazo em setores estratégicos como combustíveis, logística e infraestrutura.

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O anúncio não gerou surpresas no mercado, segundo análises do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) e do Goldman Sachs, que destacam o caráter natural da sucessão e a continuidade da visão estratégica da companhia.

A escolha de Pizzinatto, executivo com mais de 25 anos no grupo, é vista como uma decisão que reforça a confiança na atual direção. Ele liderou a revisão do portfólio do Ultra, a redução do custo de capital e a renovação de lideranças, bem como esteve à frente d emovimento s importantes, como a compra de 40% da Hidrovias do Brasil.

Também conduziu o turnaround da Extrafarma entre 2018 e 2020, negócio posteriomente vendido à Pague Menos.

Já Lutz, que lidera a companhia desde 2022, terá como foco aspectos estratégicos na presidência do Conselho, assumindo também a liderança dos conselhos das principais subsidiárias, como Ipiranga e Ultragaz. Essa reorganização de funções está alinhada ao redesenho da governança do grupo, apresentado no Ultra Day 2024.

Apesar de reconhecer a qualidade da gestão e da governança do Ultra, os times de BTG Pactual e Goldman Sachs mantêm avaliação neutra sobre o papel da companhia.

Os analistas ressaltam que, embora o grupo esteja bem posicionado no mercado, suas ações não apresentam assimetrias de crescimento ou valuation que justifiquem múltiplos mais elevados.

No ano, as ações do grupo caem 37% , para R$ 16,63. Nesta segunda-feira, com o Ibovespa oscilando, o papel opera em queda de 1,42%.

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