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UBS corta ADR da Vale para "venda" e vê pressão negativa

Quadro desfavorável para os preços do minério de ferro está por trás do corte na recomendação dos ADRs da Vale para "venda" pelo UBS Securities

Sede da Vale: as previsões do lucro por ação do UBS indicam que a Vale terá prejuízo até 2017 (Divulgação/Vale)
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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2015 às 16h42.

São Paulo - O quadro desfavorável para os preços do minério de ferro está por trás do corte na recomendação dos ADRs da Vale para "venda" pelo UBS Securities nesta segunda-feira, ante "neutra", com o preço-alvo para os recibos de ações negociados nos Estados Unidos passando de 6,80 para 4,80 dólares.

Em relatório a clientes, o UBS disse que, uma vez que o consumo das siderúrgicas chinesas permanece estável, a produção das seis maiores mineradoras do mundo será suficiente para atender a demanda por via marítima até 2018, com a interrupção na produção de produtores menores tendo pouco impacto para sustentar os preços do minério.

Nesse contexto, o UBS também reduziu sua estimativa para os preços da commodity para 48 a 53 dólares a tonelada no período de 2015 a 2017, com a projeção de longo prazo para 55 dólares a tonelada.

No caso da Vale, além da recomendação e do preço-alvo, as previsões do lucro por ação do UBS indicam que a Vale terá prejuízo até 2017, com projeções revisadas de -0,17/-0,06/0,21 dólar, em 2015, 2016 e 2017, respectivamente, para -0,58/-0,50/-0,24 dólar.

O analista Andreas Bokkenheuser lembra que o minério de ferro caminha para um período sazonalmente mais fraco do ano, que desacelera a estocagem empurrando os preços para baixo na direção de 45 dólares a tonelada no terceiro trimestre.

"Isso adiciona risco de queda às ações, que hoje são negociadas a um preço implícito de 55 dólares a tonelada para o minério de ferro", diz Bokkenheuser, avaliando que a estabilização do real, potenciais atrasos na produção e um possível corte de dividendos a zero em 2016 pressionarão a ação este ano.

"Conforme a cobertura de posições vendidas e o suporte da ação ficam para trás, acreditamos que a ação da Vale ficará sob pressão renovada", calcula.

Também nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) afirmou que poderá cortar em duas ou três semanas os ratings da Vale e de outras sete mineradores, por conta da redução dos preços estimados para o minério de ferro neste e nos próximos anos.

Às 16h17, na Bovespa, as preferenciais da Vale cediam 2,3 por cento e as ordinárias recuavam 1,3 por cento, enquanto o Ibovespa caia 0,07 por cento. Em Nova York, o ADR da mineradora perdia 3,6 por cento.

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São Paulo - O quadro desfavorável para os preços do minério de ferro está por trás do corte na recomendação dos ADRs da Vale para "venda" pelo UBS Securities nesta segunda-feira, ante "neutra", com o preço-alvo para os recibos de ações negociados nos Estados Unidos passando de 6,80 para 4,80 dólares.

Em relatório a clientes, o UBS disse que, uma vez que o consumo das siderúrgicas chinesas permanece estável, a produção das seis maiores mineradoras do mundo será suficiente para atender a demanda por via marítima até 2018, com a interrupção na produção de produtores menores tendo pouco impacto para sustentar os preços do minério.

Nesse contexto, o UBS também reduziu sua estimativa para os preços da commodity para 48 a 53 dólares a tonelada no período de 2015 a 2017, com a projeção de longo prazo para 55 dólares a tonelada.

No caso da Vale, além da recomendação e do preço-alvo, as previsões do lucro por ação do UBS indicam que a Vale terá prejuízo até 2017, com projeções revisadas de -0,17/-0,06/0,21 dólar, em 2015, 2016 e 2017, respectivamente, para -0,58/-0,50/-0,24 dólar.

O analista Andreas Bokkenheuser lembra que o minério de ferro caminha para um período sazonalmente mais fraco do ano, que desacelera a estocagem empurrando os preços para baixo na direção de 45 dólares a tonelada no terceiro trimestre.

"Isso adiciona risco de queda às ações, que hoje são negociadas a um preço implícito de 55 dólares a tonelada para o minério de ferro", diz Bokkenheuser, avaliando que a estabilização do real, potenciais atrasos na produção e um possível corte de dividendos a zero em 2016 pressionarão a ação este ano.

"Conforme a cobertura de posições vendidas e o suporte da ação ficam para trás, acreditamos que a ação da Vale ficará sob pressão renovada", calcula.

Também nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) afirmou que poderá cortar em duas ou três semanas os ratings da Vale e de outras sete mineradores, por conta da redução dos preços estimados para o minério de ferro neste e nos próximos anos.

Às 16h17, na Bovespa, as preferenciais da Vale cediam 2,3 por cento e as ordinárias recuavam 1,3 por cento, enquanto o Ibovespa caia 0,07 por cento. Em Nova York, o ADR da mineradora perdia 3,6 por cento.

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