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Turquia e cenário eleitoral enfraquecem Ibovespa

Às 11h27, o Ibovespa caía 1,32%, a 75.802,26 pontos, caminhando para fechar a segunda semana consecutiva com queda acumulada

Ibovespa: a lira turca voltou a recuar nesta sessão, contaminando outras moedas de mercados emergentes (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: a lira turca voltou a recuar nesta sessão, contaminando outras moedas de mercados emergentes (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 11h41.

Última atualização em 17 de agosto de 2018 às 11h45.

São Paulo - Preocupações com a disputa eleitoral e a situação na Turquia pressionavam negativamente as ações brasileiras nesta sexta-feira, enquanto os papéis da Vale subiam na esteira da alta dos preços do minério de ferro no mercado internacional.

Às 11:27, o Ibovespa caía 1,32 por cento, a 75.802,26 pontos, caminhando para fechar a segunda semana consecutiva com queda acumulada.

O volume financeiro do pregão era de 2,68 bilhões de reais.

A lira turca voltou a recuar nesta sessão, contaminando outras moedas de mercados emergentes, conforme segue o impasse entre Turquia e Estados Unidos relacionado à libertação de um pastor norte-americano, o que tem resultado em sanções para o país turco.

Em nota a clientes, a equipe da consultoria de investimentos Lopes Filho destacou a renovação dos temores com a Turquia, acrescentando que as incertezas com o cenário eleitoral potencializavam a aversão a risco no mercado local.

No Brasil, pesquisa encomendada pela XP Investimentos mostrou melhora do petista Fernando Haddad na preferência dos eleitores, mesmo em cenário sem o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto Geraldo Alckmin, do PSDB, benquisto pelo mercado, segue patinando.]

"Foi um golpe duplo. O crescimento da oposição e a perda de potência da suposta sucessão da situação amargaram um mercado já tenso com a situação do exterior", disse o gestor Marco Tulli da mesa de operações de Bovespa da Coinvalores.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 2,11 por cento e BRADESCO PN recuava 2,4 por cento, entre as maiores pressões de baixa, já que o setor figura entre os maiores pesos no Ibovespa e os mais sensíveis a expectativas sobre a corrida presidencial no país.

- PETROBRAS PN cedia 1,85 por cento, também contaminada por receios com o panorama eleitoral, apesar do avanço dos preços do petróleo no mercado externo. PETROBRAS ON perdia 1,32 por cento.

- B2W recuava 3,56 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, com o setor de consumo como um todo no vermelho. LOJAS RENNER declinava 2,5 por cento.

- ELETROBRAS PNB mostrava queda de 2,85 por cento, após fortes ganhos recentes e tendo no radar decisão da estatal de energia de alterar o cronograma de desestatização de suas distribuidoras, reagendando o leilão da empresa que atua no Amazonas para 26 de setembro, ao passo que o certame das companhias com operações em Rondônia, Roraima e Acre segue mantido em 30 de agosto.

- MARFRIG recuava 3,34 por cento antes de entrar em leilão, tendo revertido os fortes ganhos do início da sessão após notícia de que Tyson Foods concordou em adquirir da empresa brasileira a processadora de frango com sede nos Estados Unidos Keystone Foods por 2,5 bilhões de dólares. Conforme disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto, acordo foi assinado pelo acionista controlador da Marfrig, Marcos Molina, na noite de quinta-feira. Na máxima do dia, a ação da Marfrig chegou a subir 8,28 por cento.

- VALE subia 1 por cento, na esteira do avanço do preço do minério de ferro à vista na China, ajudando na recuperação de BRADESPAR PN, que se valorizava 2,81 por cento.

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