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Trump critica China por permitir que iuan se desvalorize frente ao dólar

Nesta segunda, valor do iuan ultrapassou a barreira dos 7 dólares; para Trump, não passa de "manipulação cambial"

Donald Trump: "A China baixou o preço de sua moeda para uma mínima quase histórica. Isso se chama 'manipulação cambial" (Leah Millis/Reuters)

Donald Trump: "A China baixou o preço de sua moeda para uma mínima quase histórica. Isso se chama 'manipulação cambial" (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de agosto de 2019 às 10h53.

Última atualização em 5 de agosto de 2019 às 11h01.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o movimento da moeda chinesa, que nesta segunda-feira rompeu a marca de 7 por dólar pela primeira vez em mais de uma década, classificando-o como "uma grande violação", e pressionou o banco central dos EUA.

"A China baixou o preço de sua moeda para uma mínima quase histórica. Isso se chama 'manipulação cambial'. Você está ouvindo, Federal Reserve? Essa é uma grande violação que enfraquecerá consideravelmente a China ao longo do tempo!", disse Trump no Twitter.

A ação da China sinaliza que o país pode estar disposto a tolerar mais fraqueza na taxa de câmbio, o que poderá intensificar ainda mais o conflito comercial em curso com os Estados Unidos. O embate piorou novamente na semana passada, depois de Trump dizer que irá impor tarifas adicionais sobre as importações chinesas.

Trump também criticou o Federal Reserve por não ter feito um corte suficientemente grande na taxa de juros dos EUA na semana passada em resposta às medidas de política monetária tomadas pela China e pela Europa e aumentou a cobrança para que o BC dos EUA aja.

O dólar acumula alta de 2,2% em relação ao iuan desde quinta-feira, quando Trump prometeu impor tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas. É a maior alta do dólar em quase quatro anos.

A movimentação do iuan prejudicava os mercados financeiros globais, com investidores vendo poucas chances de uma redução das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Os futuros do S&P 500 cediam 1,6%, indicativo de mais perdas a Wall Street quando os mercados nos EUA iniciarem as operações desta segunda-feira.

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