BOLSA: a matemática continua sendo uma força motriz poderosíssima para o mercado, e em 2017 deve empurrá-lo para cima / Alexandre Battibugli
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2016 às 19h12.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h30.
A Bolsa esta semana deve testar os nervos dos investidores. Sobram eventos que podem mudar a direção do mercado acionário. No Brasil, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles entregará ao Congresso a proposta que impõe um teto para o gasto público e o Senado votará a aprovação da DRU. Qualquer dificuldade em aprovar essas medidas pode fazer o Ibovespa despencar.
Lá fora, na segunda-feira, a China divulga a produção industrial e qualquer dado pior do que o esperado pode gerar uma queda no preço das commodities mundo afora, afetando Vale, Petrobras, siderúrgicas, papeleiras e afins.
Na quarta-feira as atenções se voltam para o término da reunião do banco central americano, o Federal Reserve. A expectativa é que a taxa de juros do país permaneça entre 0,25 e 0,50%. O que importa mesmo neste dia é o discurso da presidente do banco, Janet Yellen, que pode dar pistas de quando virá o esperado aumento de juros nos Estados Unidos. A lógica é conhecida: um aumento de juros deve fazer investidores correrem para o mercado americano, derrubando as ações no Brasil.
Por fim, um assunto que já agitou a bolsa na última sexta-feira deve tomar conta das negociações com o passar dos dias: o referendo sobre a saída do Reino Unido na União Européia, o Brexit. Investidores tentam antecipar o resultado da votação, marcada para o dia 23 de junho. Na última semana pesquisas mostraram maioria favorável ao desembarque, o que levou um princípio de pânico aos investidores. deixou investidores preocupados.
Um estudo divulgado pela Bloomberg afirma que o Brexit pode levar a uma queda de até 24% nas ações europeias. Se o Reino Unido ficar, o banco UBS avalia que o FTSE 100, principal índice inglês, pode valorizar até 5%. Por aqui, grande parte da queda de 3,3% da bolsa na última sexta-feira 10 foi atribuída as notícias do Brexit.
Além de tudo isso, claro, o avanço da Lava-Jato, que continua a levar insegurança para políticos e investidores. Semana para corações fortes. Mais uma.