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Tesouro recompra R$1,7 bi de dívida externa

A ação faz parte do arsenal de combate à valorização excessiva do real frente ao dólar

Arno Augustin: a operação de recompra de dívida externa está na mira do Tesouro desde o começo do mês passado, mas era necessário emitir novos papéis (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

Arno Augustin: a operação de recompra de dívida externa está na mira do Tesouro desde o começo do mês passado, mas era necessário emitir novos papéis (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 11h30.

Brasília - O governo recomprou 1,674 bilhão de reais em bônus da dívida externa em uma ação que faz parte do arsenal de combate à valorização excessiva do real frente ao dólar.

O Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira que recomprou 655,25 milhões de reais em bônus globais BRL 2016, com preço de recompra de 120,5 por cento do valor de face, e 1,018 bilhão de reais em bônus globais BRL 2022, que teve preço de recompra de 130 por cento do valor de face. Ambos os papéis tiveram cupom de 12,5 por cento.

"O Brasil pagará na data de liquidação (27 de abril) o preço de compra aplicável mais os juros decorridos (até o dia anterior ao da liquidação) para os títulos comprados", disse o Tesouro em comunicado.

Essa operação foi casada com a emissão dos bônus globais com vencimento em 2024 na última terça-feira, com a qual o Tesouro captou 3,15 bilhões de reais nos mercados norte-americano, europeu e asiático, com um rendimento de 8,6 por cento ao ano, o menor da história para títulos denominados em real.

Após a operação de recompra, o estoque remanescente de bônus BRL 2016 ficou em 2,856 bilhões de reais e o de BRL 2022 ficou em 2,216 bilhões, segundo o comunicado do Tesouro.

A operação de recompra de dívida externa está na mira do Tesouro desde o começo do mês passado, mas era necessário emitir novos papéis, conforme disse na quarta-feira o secretário do Tesouro, Arno Augustin.

Em março, Augustin disse que o Tesouro poderia ir a mercado para adquirir mais 7,5 bilhões de dólares, a fim de quitar o vencimento integral da dívida externa que vence até 2015, ou até mesmo mais longe, a partir de 2016. Também podem vir emissões externas em real. Naquele momento, havia em caixa 7,4 bilhões de dólares para pagar 49 por cento da dívida externa a vencer até 2015.

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