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Tesouro: pode haver nova captação externa em semanas

Durante fortes turbulências externas vindas da Europa, o Brasil captou cerca de 1 bilhão de dólares por meio da emissão de Bônus Global 2041

Ainda não está definido em qual moeda será essa emissão, como dólar ou real, nem os prazos (Wikimedia Commons)

Ainda não está definido em qual moeda será essa emissão, como dólar ou real, nem os prazos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 15h23.

Rio de Janeiro - O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse nesta segunda-feira que o governo poderá fazer novas emissões externas em breve. Quando questionado qual seria o período para ocorrer as emissões, ele respondeu: "O próximo período são as próximas semanas. Não vou dar uma margem efetiva de tempo porque a gente faz dentro das condições de mercado", afirmou Augustin, ao participar de um evento no Rio de Janeiro, acrescentando que esse movimento poderia ser em 2011 ou em 2012.

O secretário disse ainda que não está definido em qual moeda será essa emissão, como dólar ou real, nem os prazos. Mas lembrou que a recente captação externa feita pelo país no início de novembro, e que trouxe menor taxa histórica, é uma tendência.

"Sem dúvida alguma nós enxergamos uma tendência de longo prazo favorável", afirmou ele.

No início desse mês, durante fortes turbulências externas vindas da Europa, o Brasil captou cerca de 1 bilhão de dólares por meio da emissão de Bônus Global 2041. A operação foi marcada pela forte demanda, chegando a cerca de 6 bilhões de dólares, e pelo menor rendimento já pago pelo país em títulos de 30 anos: 4,694 por cento.

Países europeus considerados desenvolvidos e que enfrentam problemas de endividamento, como a Itália e a Espanha, já estão pagando juros na casa dos 7 por cento, considerados insustentáveis.

Augustin disse nesta segunda-feira que as emissões externas feitas pelo país podem abrir caminho para captações pelas empresas brasileiras.

"Nós fazemos emissões qualitativas para melhorar o perfil (da dívida). O fato é que o Brasil tem uma curva (de juros) cada vez melhor e isso faz com que nossas empresas brasileiras possam fazer emissões com custos menores. É importante para alavancagem e para o financiamento da economia brasileira", acrescentou ele.

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