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Tesouro diz que pode captar em euro e iene em 2014

Emissões ocorrem numa estratégia de diversificação de moedas adotada em meio a redução do programa de estímulo do banco central norte-americano


	Dólar dos EUA: estratégia foi anunciada nesta quarta-feira pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin
 (Scott Eells)

Dólar dos EUA: estratégia foi anunciada nesta quarta-feira pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin (Scott Eells)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 20h03.

Brasília - O Tesouro Nacional poderá fazer em 2014 emissão externa de títulos da dívida brasileira em euro e em iene, numa estratégia de diversificação de moedas adotada em meio a redução do programa de estímulo do banco central norte-americano, que deve contribuir para a alta do dólar frente às demais moedas.

A estratégia foi anunciada nesta quarta-feira pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin, durante apresentação do Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2014.

"Talvez seja hora de diversificarmos um pouco mais nossas emissões para podermos trabalhar em outras moedas", disse o secretário, lembrado que em 2013 o planejamento contemplava apenas emissões em dólar e real. "Reitero a possibilidade que venhamos a trabalhar em euros e talvez em ienes", acrescentou.

E mesmo em meio a maior instabilidade nos mercados emergentes, Augustin disse que o governo brasileiro pode emitir dívida externa nas próximas semanas.

"Mesmo que haja situação de alguma volatilidade nos países achamos que não necessariamente isso impede que se faça boas emissões como no caso brasileiro." A possibilidade de diversificação de captar em iene e euro visa, conforme avaliou o economista-chefe do Banco J Safra, Carlos Kawall, abrir espaço para que empresas brasileiras possam fazer emissão de dívida privada direcionada a investidores estrangeiros que não compram papéis lastreados na moeda norte-americana.

"As emissões externas servem como benchmarks para as emissões do setor privado (...) Essa estratégia pode visar outra base de investidores que não compra papél em dólar." (Por Luciana Otoni)

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