Tesouro Direto vendeu R$ 150,18 milhões em outubro
Títulos prefixados e indexados com a variação da inflação representaram quase 90% das vendas
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2010 às 16h18.
Brasília - O programa Tesouro Direto realizou, em outubro, vendas de R$ 150,18 milhões. O dado foi divulgado hoje pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vinculada ao Ministério da Fazenda. O destaque em outubro foi a forte demanda por títulos prefixados (LTN e NTN-F), representando 46,39% das vendas.
Os títulos indexados à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - NTN-B e NTN-B Principal - ficaram em segundo lugar entre os mais vendidos, com 43,10% de participação. Já os títulos indexados à taxa Selic (LFT) registraram participação de 10,52% nas vendas do Tesouro Direto em outubro.
Os papéis com prazo entre 1 e 5 anos representaram 71% do total das vendas, enquanto os títulos com prazo acima de 5 anos responderam por 24,65% das negociações. Os títulos com prazo de até 1 ano apresentaram 4,3% de participação, de acordo com o Tesouro Nacional.
O programa Tesouro Direto encerrou outubro com um público de 207.554 investidores cadastrados. Esse número representa um crescimento de 22,27% em 12 meses. Somente no mês passado, 2.956 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto.
A STN destaca a importância dos pequenos investidores nesse processo de expansão de público. No mês passado, as vendas de até R$ 5 mil por investidor representaram 59,67% do volume total aplicado. O valor médio por operação foi de R$ 14.273,00. Em outubro, o volume financeiro recomprado foi de R$ 39,91 milhões, com destaque para a LFT, que apresentou volume de R$ 10,99 milhões.
Ao final de outubro, o estoque total de títulos públicos em poder dos investidores negociados por meio do Tesouro Direto somava R$ 4,25 bilhões, o que representa um aumento de 3,79% sobre setembro. O aumento atinge a marca de 37,98% quando comparado ao estoque de outubro de 2009.
Considerando o estoque total, a maior fatia, de 48,69%, envolve títulos remunerados por índices de preços. Em segundo lugar estão os títulos prefixados, com 36,88% de participação. E em terceiro lugar ficam os títulos indexados à taxa Selic, com 14,43%.
O Tesouro Direto foi lançado em janeiro de 2002, em conjunto com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). A CBLC foi incorporada pela BM&FBovespa em 28 de novembro de 2008, assumindo todos os direitos e obrigações referentes ao Tesouro Direto. O programa permite que pessoas físicas adquiram títulos públicos por meio da internet. Segundo a STN, o Tesouro Direto tem por objetivo democratizar o acesso para investimentos em títulos federais, incentivar a formação de poupança de longo prazo e facilitar o acesso às informações sobre a administração e a estrutura da dívida pública federal brasileira.