Exame Logo

Tempo de vacas magras cria oportunidades em small caps

Para analistas da corretora do Itaú Unibanco, condições da economia brasileira criam oportunidades para investir em ações de empresas menores

Operadores na Bovespa: analistas destacam que, embora a estratégia de investimento em small caps possa render bons ganhos, é preciso ter cuidado (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 10h22.

São Paulo - O cenário da economia brasileira, refletido no desempenho do mercado de ações local, é de vacas magras. Mas, para a equipe de analistas da corretora do Itaú Unibanco , essas condições criam oportunidades para investir em ações de empresas menores (small caps). “As incertezas permanecem elevadas e a disposição dos investidores em pagar adiantado por crescimento diminuiu, assim, começam a surgir oportunidades de valor”, diz o relatório, assinado pelos analistas Pedro Maia e Carlos Constantini.

A última revisão da carteira de small caps do Itaú foi feita há seis meses. Naquela época, os analistas do banco esperavam um cenário econômico fraco para 2014, com crescimento do PIB de 1,7%, inflação de 6,0%, câmbio mais desvalorizado (R$ 2,55 por dólar no fim de dezembro) e Selic em 9,75%.

Desde então, “as únicas mudanças significativas envolveram a previsão de expansão do PIB, que recuou para 1,4%, e para a taxa Selic, agora em 11%”, dizem os analistas. O novo quadro resulta de investimentos mais fracos, menor confiança dos empresários e recuperação da economia dos EUA, que obriga o Banco Central a adotar uma política monetária mais conservadora.

Com poucas mudanças no cenário desde então, os analistas destacam que, embora a estratégia de investimento em small caps possa render bons ganhos, é preciso ter cuidado. O Índice Small Caps da BM&FBovespa, por exemplo, teve queda de mais de 10 pontos percentuais, assim como o Índice Bovespa.

O relatório destaca que, portanto, é preciso ter critério para escolher os papéis. “Quando a perspectiva é de fraqueza econômica, as empresas voltadas para o mercado doméstico geralmente sofrem mais”, destacam os analistas. “São empresas com desempenho influenciado por fatores como o custo local do endividamento corporativo, a disponibilidade de crédito ao consumidor e os investimentos em infraestrutura.”


Isso significa que essas companhias sofrem mais do que as voltadas para commodities e exportações. “Não é surpresa que a maioria das empresas de pequeno valor de mercado estejam no grupo que mais sofre”, diz o relatório.

As escolhas do Itaú

Em relação à carteira anterior, feita no começo do segundo semestre de 2013, foram realizadas quatro alterações. Foram retiradas as ações de Raia Drogasil (RADL3), Metal Leve (LEVE3), Marcopolo (POMO4) e Iguatemi (IGTA3). Elas foram substituídas pelos papéis de Smiles (SMLE3), Guararapes (GUAR3), Minerva (BEEF3) e Sonae Sierra (SSBR3).

A carteira de small caps do banco:

EmpresaCódigo
Banco ABCABCB4
CetipCTIP3
SmilesSMLE3
GuararapesGUAR3
EstácioESTC3
MinervaBEEF3
EvenEVEN3
Sonae SierraSSBR3
MillsMILS3
Iochpe-MaxionMYPK3

Veja também

São Paulo - O cenário da economia brasileira, refletido no desempenho do mercado de ações local, é de vacas magras. Mas, para a equipe de analistas da corretora do Itaú Unibanco , essas condições criam oportunidades para investir em ações de empresas menores (small caps). “As incertezas permanecem elevadas e a disposição dos investidores em pagar adiantado por crescimento diminuiu, assim, começam a surgir oportunidades de valor”, diz o relatório, assinado pelos analistas Pedro Maia e Carlos Constantini.

A última revisão da carteira de small caps do Itaú foi feita há seis meses. Naquela época, os analistas do banco esperavam um cenário econômico fraco para 2014, com crescimento do PIB de 1,7%, inflação de 6,0%, câmbio mais desvalorizado (R$ 2,55 por dólar no fim de dezembro) e Selic em 9,75%.

Desde então, “as únicas mudanças significativas envolveram a previsão de expansão do PIB, que recuou para 1,4%, e para a taxa Selic, agora em 11%”, dizem os analistas. O novo quadro resulta de investimentos mais fracos, menor confiança dos empresários e recuperação da economia dos EUA, que obriga o Banco Central a adotar uma política monetária mais conservadora.

Com poucas mudanças no cenário desde então, os analistas destacam que, embora a estratégia de investimento em small caps possa render bons ganhos, é preciso ter cuidado. O Índice Small Caps da BM&FBovespa, por exemplo, teve queda de mais de 10 pontos percentuais, assim como o Índice Bovespa.

O relatório destaca que, portanto, é preciso ter critério para escolher os papéis. “Quando a perspectiva é de fraqueza econômica, as empresas voltadas para o mercado doméstico geralmente sofrem mais”, destacam os analistas. “São empresas com desempenho influenciado por fatores como o custo local do endividamento corporativo, a disponibilidade de crédito ao consumidor e os investimentos em infraestrutura.”


Isso significa que essas companhias sofrem mais do que as voltadas para commodities e exportações. “Não é surpresa que a maioria das empresas de pequeno valor de mercado estejam no grupo que mais sofre”, diz o relatório.

As escolhas do Itaú

Em relação à carteira anterior, feita no começo do segundo semestre de 2013, foram realizadas quatro alterações. Foram retiradas as ações de Raia Drogasil (RADL3), Metal Leve (LEVE3), Marcopolo (POMO4) e Iguatemi (IGTA3). Elas foram substituídas pelos papéis de Smiles (SMLE3), Guararapes (GUAR3), Minerva (BEEF3) e Sonae Sierra (SSBR3).

A carteira de small caps do banco:

EmpresaCódigo
Banco ABCABCB4
CetipCTIP3
SmilesSMLE3
GuararapesGUAR3
EstácioESTC3
MinervaBEEF3
EvenEVEN3
Sonae SierraSSBR3
MillsMILS3
Iochpe-MaxionMYPK3
Acompanhe tudo sobre:Bancoseconomia-brasileiraEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasItaúItaúsaSmall cap

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame