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Taxas longas de juros fecham em alta

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (220.770 contratos) tinha taxa de 10,810%

Bovespa: o DI para janeiro de 2015 marcava 10,79%, de 10,80% na sessão anterior (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 15h17.

São Paulo - Os juros futuros longos encerraram em alta a sessão desta terça-feira, 17, que foi encurtada em função do jogo entre Brasil e México pela Copa do Mundo.

Mesmo com renovados sinais de atividade fraca no ambiente doméstico, que pesaram na ponta curta, o pico inflacionário divulgado nos EUA, na véspera da reunião do Federal Reserve, impulsionou os yields dos Treasuries e o dólar, puxando junto as taxas brasileiras e alimentando o giro financeiro.

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Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (220.770 contratos) tinha taxa de 10,810%, ante 10,819% no ajuste da véspera.

O DI para janeiro de 2015 (261.185 contratos) marcava 10,79%, de 10,80% na sessão anterior. Nos trechos intermediário e longo, o DI para janeiro de 2016 (131.095 contratos) indicava 11,28%, de 11,25%.

O DI para janeiro de 2017 (247.970 contratos) apontava 11,57%, de 11,51%. E o DI para janeiro de 2021 (52.625 contratos) mostrava 12,02%, de 11,92%.

Em Nova York, por volta das 14 horas, o juro da T-note de 10 anos subia a 2,648%, de 2,599% no fim da tarde de ontem. Enquanto isso, o dólar à vista no balcão avançou 0,89%, a R$ 2,2560.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,4% em maio ante abril, em termos sazonalmente ajustados, segundo o Departamento do Trabalho, marcando o maior ritmo de alta desde fevereiro do ano passado.

O núcleo do CPI, que exclui as categorias de alimentos e energia, aumentou 0,3% em maio ante abril - a maior alta desde agosto de 2011.

Economistas esperavam um avanço menor, de 0,2% tanto para o CPI quanto para o núcleo.

Na comparação anual, o CPI avançou 2,1% em maio, na maior alta desde outubro de 2012. Os preços do núcleo subiram 2%, maior avanço desde fevereiro de 2013.

A diretriz do Fed para a inflação no médio prazo é de 2% ao ano, mas o indicador oficial do banco central é o índice de preços de gastos com consumo (PCE), que teve alta anual de 1,6% em abril.

De qualquer forma, o dado de hoje aumenta a expectativa com a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) amanhã, e a entrevista da presidente da autoridade monetária, Janet Yellen, especialmente após o anúncio de que o Conselho de Diretores do Fed realizou hoje uma reunião extraordinária, para discutir "questões de médio prazo da política monetária".

Os indicadores domésticos não tiveram efeito significativo sobre os juros, apesar de consolidarem a visão de desaceleração da economia.

A CNI informou que a produção industrial subiu para 48,4 pontos em maio, mas continuou pelo sétimo mês seguido abaixo de 50 pontos, o que indica contração da atividade.

O IBGE revelou que a receita bruta nominal de serviços subiu 6,2% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o menor crescimento desde março de 2013. E o indicador antecedente do Ibre/Conference Board recuou 1,5% em maio.

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