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Taxas futuras sobem com inflação antes do Copom

A preocupação foi renovada por índices de preços divulgados mais cedo e deu impulso maior às taxas com vencimento no longo prazo


	Bovespa: contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2014 fechou com taxa de 10,78%, ante 10,82% no ajuste de ontem
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Bovespa: contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2014 fechou com taxa de 10,78%, ante 10,82% no ajuste de ontem (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 17h17.

São Paulo - Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic, os juros futuros fecharam em alta, sustentados pelo temor com a inflação.

A preocupação foi renovada por índices de preços divulgados mais cedo e deu impulso maior às taxas com vencimento no longo prazo.

Mesmo porque, para o encontro do colegiado amanhã, não se espera novidade. As apostas de elevação de 0,25 ponto porcentual do juro básico seguem consolidadas e os investidores estão atentos aos próximos passos do Banco Central.

No fechamento da sessão regular, houve desaceleração do avanço das taxas, sendo que algumas delas, inclusive, encerraram nas mínimas. De acordo com operadores, foi um movimento normal de mercado, com alguns players corrigindo posições na reta final.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2014 fechou com taxa de 10,78%, ante 10,82% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,14%, na mínima, ante 11,12% no término da sessão desta terça-feira.

No trecho longo da curva a termo, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 indicava 12,53%, de 12,47%, e o DI para janeiro de 2021 marcava 12,86%, na mínima, de 12,83%.

O mercado dá como certa a elevação do juro básico amanhã e tem deixado os juros futuros de curto prazo "travados" há dias. Porém, segue dividido quanto aos próximos encontros do Copom, em maio e julho, entre nova alta de 0,25 pp e manutenção da Selic.

E é por isso que lerá atentamente o comunicado que acompanhará a nova Selic, em busca de pistas sobre o plano de voo do BC. Não é descartado que a autoridade monetária deixe em aberto seus próximos passos.

Já os contratos com vencimento mais longos refletem, além da preocupação com a inflação, a recomposição de prêmios iniciada na última sexta-feira. Investidores estrangeiros, contudo, "venderam taxa" hoje, o que ajudou a conter o ímpeto dos juros.

A aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) para 0,85% em março, de 0,66% em fevereiro, permeou os negócios. Apesar do ganho de força, ele ficou abaixo do teto das estimativas apuradas pelo AE Projeções, que iam de 0,75% a 0,87%. A mediana era de 0,83%.

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