Mercados

Taxas futuras recuam, puxadas por queda do dólar

Enfraquecimento da moeda levou as taxas de juros futuras a acentuarem as perdas, que tinham sido puxadas no início do dia pela queda dos juros dos Treasuries


	Bovespa: no fim da sessão regular do mercado de juros, a taxa para julho de 2014 estava em 10,855% (80.305 contratos)
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: no fim da sessão regular do mercado de juros, a taxa para julho de 2014 estava em 10,855% (80.305 contratos) (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 17h29.

São Paulo - As taxas futuras dos juros fecharam a sessão desta quarta-feira, 23, em queda, conduzidas pelo recuo dos juros dos Treasuries e pela desvalorização do dólar ante o real após a divulgação dos dados do fluxo cambial.

O dólar zerou os ganhos e bateu mínimas durante a tarde, depois de o Banco Central divulgar fluxo cambial positivo em US$ 3,375 bilhões em abril até dia 17.

No fim da sessão, a moeda fechou na mínima de R$ 2,2230, uma queda de 0,85%. O enfraquecimento da moeda levou as taxas de juros futuras a acentuarem as perdas, que tinham sido puxadas no início do dia pela queda dos juros dos Treasuries.

A curva dos juros futuros ainda continua apontando divisão sobre o rumo do ciclo de alta da taxa Selic, apesar de o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, ter admitido ontem certo desconforto com a alta dos preços. Hamilton ponderou, no entanto, que a inflação encerrará 2014 dentro da meta.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, previu hoje uma redução dos preços de combustíveis nos próximos dois meses, quando começar a entrar no mercado a safra de etanol.

Para Mantega, isso vai ajudar a controlar a inflação. O ministro também aproveitou para negar que o governo estude mudar a fórmula de cálculo da inflação oficial para retirar os alimentos.

O mercado de juros continua a monitorar os desdobramentos no cronograma de feriados durante a Copa do Mundo no Brasil.

Hoje, o Comitê Integrado de Gestão Governamental Especial para a Copa do Mundo de Futebol de 2014 (SPCopa) informou que ainda não há definição oficial sobre os feriados municipais em São Paulo durante o evento, nem previsão de quando a decisão será tomada.

Contudo, a tendência, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado, é de que seja decretado feriado apenas em um dia, na abertura dos jogos, em 12 de junho.

Na data, o Brasil vai jogar contra a Croácia, às 17 horas. Já está praticamente descartada na Prefeitura a possibilidade de decretar feriado também no dia 23 de junho, quando jogam Holanda e Chile, também no Itaquerão, estádio do Corinthians, na Zona Leste da capital.

No fim da sessão regular do mercado de juros, a taxa para julho de 2014 estava em 10,855% (80.305 contratos), de 10,859% no ajuste de ontem; a taxa para janeiro de 2015 estava em 10,99% (191.425 contratos), de 11,02% na véspera.

A taxa para janeiro de 2017 estava na mínima de 12,22% (399.710 contratos), de 12,35% ontem. Já a taxa para janeiro de 2021 marcava em 12,53% (31.950 contratos), na mínima, de 12,64% no ajuste de terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

"Não faz sentido correr risco com esse nível de juros", diz maior fundo de pensão do Nordeste

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Mais na Exame