A injeção de estímulos ao consumo faz o mercado avaliar que uma redução mais acelerada da Selic pode não ser necessária (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2012 às 11h16.
São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros registram altas consistentes nesta terça-feira, principalmente nos vencimentos mais longos, em reação às medidas anunciadas na segunda-feira pelo governo para impulsionar a economia.
A injeção de estímulos ao consumo faz o mercado avaliar que uma redução mais acelerada da Selic pode não ser necessária. Ao mesmo tempo, os estímulos podem pressionar a inflação, principalmente no longo prazo. Este movimento deixa em segundo plano a divulgação do IPCA-15 de maio, que veio melhor do que indicadores de inflação divulgados anteriormente.
"As medidas do governo estão contribuindo para a alta. Mas precisamos ver se isso vai continuar durante a tarde", comentou um operador ouvido pela Agência Estado. Às 10h40 (horário de Brasília), as taxas dos contratos futuros de DIs com vencimento em janeiro de 2012 marcavam 7,87%, ante 7,81% do ajuste de segunda-feira.
Já os DIs para janeiro de 2014 tinham taxa de 8,38%, ante 8,19% do ajuste. Nos vencimentos de prazos mais longos, a taxa de juros de janeiro de 2017 estava em 9,78%, ante 9,57%, enquanto o janeiro de 2021 marcava 10,33%, ante 10,11% do ajuste.