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Taxas de juros recuam com fala de Tombini

O movimento, visto desde o início da sessão, foi favorecido ainda pelo impasse fiscal nos Estados Unidos

Bovespa: ao término da sessão regular da BM&FBovespa, taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 (145.765 contratos negociados) estava em 9,38% (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 17h23.

São Paulo - O tom aparentemente mais suave do discurso do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na City de Londres, trouxe pressão de baixa para as taxas dos contratos futuros de juros nesta quinta-feira, 03.

O movimento, visto desde o início da sessão, foi favorecido ainda pelo impasse fiscal nos Estados Unidos, onde as taxas dos Treasuries também cediam durante a tarde. O rebaixamento da perspectiva de rating do Brasil pela Moody's, de positiva para estável, acabou ficando em segundo plano, assim como a leve alta do dólar no Brasil.

Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 (145.765 contratos negociados) estava em 9,38%, ante 9,39% do ajuste de ontem. Já a taxa do DI para janeiro de 2015 (441.275 contratos) ficou em 10,17%, ante 10,27%. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (171.505 contratos) marcou 11,28%, ante 11,37%, enquanto o contrato para janeiro de 2021 (4.730 contratos) ficou com taxa de 11,81%, ante 11,83%.

Em Londres, durante discurso para investidores, o presidente do BC afirmou que a instituição observa a inflação para definir seus próximos passos na política monetária. "Nossa visão hoje é de que fizemos progresso em termos de inflação depois do pico mensal em junho", comentou Tombini. "Conseguimos baixar a inflação. As prévias para setembro indicam uma queda de quase um ponto porcentual em relação à máxima (de junho). A inflação está sob controle", acrescentou.

"O tom da fala de Tombini foi um pouco mais dovish (suave) e o mercado devolveu parte dos prêmios dos contratos até janeiro de 2015. Dali para frente, (as taxas) já vinham fechando por conta do cenário externo", resumiu o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Flávio Serrano. "Depois de muito tempo, a fala do Tombini foi um pouco mais otimista", confirmou um operador de renda fixa.

Com isso, os DIs reduziram um pouco dos prêmios acumulados desde a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e do comentário do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, de que havia "trabalho a ser feito" no controle de preços.

O recuo das taxas dos Treasuries nos Estados Unidos, em meio às dúvidas sobre a continuidade da paralisação de diversos setores do governo e após a queda para 54,4 do índice de atividade do setor de serviços em setembro, abaixo da previsão de 57, favoreceu a retirada de prêmios da curva a termo no Brasil.

Em segundo plano, a Moody's anunciou o rebaixamento da perspectiva para o Brasil, embora o rating dos títulos da dívida do governo tenham permanecido em Baa2. Esta mudança de perspectiva, apesar de não chegar a surpreender, traria um viés de alta para as taxas dos DIs - que, no entanto, reagiram mais a Tombini e ao exterior. O mesmo vale para a leve alta do dólar ante o real, que ficou em segundo plano.

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São Paulo - O tom aparentemente mais suave do discurso do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na City de Londres, trouxe pressão de baixa para as taxas dos contratos futuros de juros nesta quinta-feira, 03.

O movimento, visto desde o início da sessão, foi favorecido ainda pelo impasse fiscal nos Estados Unidos, onde as taxas dos Treasuries também cediam durante a tarde. O rebaixamento da perspectiva de rating do Brasil pela Moody's, de positiva para estável, acabou ficando em segundo plano, assim como a leve alta do dólar no Brasil.

Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 (145.765 contratos negociados) estava em 9,38%, ante 9,39% do ajuste de ontem. Já a taxa do DI para janeiro de 2015 (441.275 contratos) ficou em 10,17%, ante 10,27%. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (171.505 contratos) marcou 11,28%, ante 11,37%, enquanto o contrato para janeiro de 2021 (4.730 contratos) ficou com taxa de 11,81%, ante 11,83%.

Em Londres, durante discurso para investidores, o presidente do BC afirmou que a instituição observa a inflação para definir seus próximos passos na política monetária. "Nossa visão hoje é de que fizemos progresso em termos de inflação depois do pico mensal em junho", comentou Tombini. "Conseguimos baixar a inflação. As prévias para setembro indicam uma queda de quase um ponto porcentual em relação à máxima (de junho). A inflação está sob controle", acrescentou.

"O tom da fala de Tombini foi um pouco mais dovish (suave) e o mercado devolveu parte dos prêmios dos contratos até janeiro de 2015. Dali para frente, (as taxas) já vinham fechando por conta do cenário externo", resumiu o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Flávio Serrano. "Depois de muito tempo, a fala do Tombini foi um pouco mais otimista", confirmou um operador de renda fixa.

Com isso, os DIs reduziram um pouco dos prêmios acumulados desde a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e do comentário do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, de que havia "trabalho a ser feito" no controle de preços.

O recuo das taxas dos Treasuries nos Estados Unidos, em meio às dúvidas sobre a continuidade da paralisação de diversos setores do governo e após a queda para 54,4 do índice de atividade do setor de serviços em setembro, abaixo da previsão de 57, favoreceu a retirada de prêmios da curva a termo no Brasil.

Em segundo plano, a Moody's anunciou o rebaixamento da perspectiva para o Brasil, embora o rating dos títulos da dívida do governo tenham permanecido em Baa2. Esta mudança de perspectiva, apesar de não chegar a surpreender, traria um viés de alta para as taxas dos DIs - que, no entanto, reagiram mais a Tombini e ao exterior. O mesmo vale para a leve alta do dólar ante o real, que ficou em segundo plano.

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