Taxas de juros encerram com leve baixa após IBC-Br
Os juros de curto prazo tiveram discreto viés de baixa no pregão desta sexta-feira, 16, embutindo 70% de chance de manutenção da Selic
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2014 às 17h05.
São Paulo - O resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em março reforçou as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai manter inalterada em 11% a taxa básica de juros no encontro deste mês.
Assim, os juros de curto prazo tiveram discreto viés de baixa no pregão desta sexta-feira, 16, embutindo 70% de chance de manutenção da Selic.
Nesta quinta-feira, 15, esse porcentual era ligeiramente menor, de 64%. Os longos também recuaram um pouco, mas fecharam perto das máximas na sessão regular influenciados por declarações do presidente do Federal Reserve de Saint Louis, James Bullard.
O contrato de DI para julho de 2014 (127.000 contratos) encerrou a sessão regular em 10,856%, de 10,860% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2015 (78.280 contratos) marcou 10,96%, de 10,98% ontem.
O vencimento para janeiro de 2017 (77.660 contratos) fechou a 12,05%, de 12,08%, e o contrato para janeiro de 2021 (12.380 contratos) tinha taxa de 12,33%, na máxima, de 12,34%.
O IBC-Br caiu 0,11% em março ante fevereiro, com ajuste, uma queda menor do que a mediana projetada de -0,18%, de um intervalo de -0,78% a +0,60%.
Em fevereiro, o indicador subiu 0,24%. No primeiro trimestre, o IBC-Br teve alta de 0,30% ante o trimestre anterior, abaixo da mediana prevista, de alta de 0,70%.
"O IBC-Br reforça a estagnação que economia vem apresentando. Até o varejo, que vinha crescendo mais do que indústria, desacelerou em março. Esse comportamento faz sentido em função da inflação bastante elevada, que comeu parte do rendimento das famílias, desacelerando o consumo", declarou mais cedo o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.
Segundo ele, as taxas não caíram mais hoje por causa da cautela do mercado com o final de semana.
Vale lembrar que as tensões na Ucrânia voltaram a ficar em primeiro plano, depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em carta para governos da União Europeia, ameaçou interromper o fornecimento de gás para a Ucrânia, a partir de 1º de junho, se Kiev não saldar a dívida acumulada por cargas anteriores de gás, comentou a JBC Energy.
A Ucrânia concordou em pagar a dívida, mas quer negociar preços mais baixos para futuros suprimentos, acrescentou a JBC.
As taxas mais longas reagiram às declarações de Bullard, que afirmou esperar que o primeiro aumento de juros ocorra no fim do primeiro trimestre de 2015, antes do que o consenso geral do mercado, que prevê o início do aperto monetário entre meados e fim do próximo ano.
Mas vale lembrar que Bullard não vota no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) este ano e nem em 2015.
São Paulo - O resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em março reforçou as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai manter inalterada em 11% a taxa básica de juros no encontro deste mês.
Assim, os juros de curto prazo tiveram discreto viés de baixa no pregão desta sexta-feira, 16, embutindo 70% de chance de manutenção da Selic.
Nesta quinta-feira, 15, esse porcentual era ligeiramente menor, de 64%. Os longos também recuaram um pouco, mas fecharam perto das máximas na sessão regular influenciados por declarações do presidente do Federal Reserve de Saint Louis, James Bullard.
O contrato de DI para julho de 2014 (127.000 contratos) encerrou a sessão regular em 10,856%, de 10,860% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2015 (78.280 contratos) marcou 10,96%, de 10,98% ontem.
O vencimento para janeiro de 2017 (77.660 contratos) fechou a 12,05%, de 12,08%, e o contrato para janeiro de 2021 (12.380 contratos) tinha taxa de 12,33%, na máxima, de 12,34%.
O IBC-Br caiu 0,11% em março ante fevereiro, com ajuste, uma queda menor do que a mediana projetada de -0,18%, de um intervalo de -0,78% a +0,60%.
Em fevereiro, o indicador subiu 0,24%. No primeiro trimestre, o IBC-Br teve alta de 0,30% ante o trimestre anterior, abaixo da mediana prevista, de alta de 0,70%.
"O IBC-Br reforça a estagnação que economia vem apresentando. Até o varejo, que vinha crescendo mais do que indústria, desacelerou em março. Esse comportamento faz sentido em função da inflação bastante elevada, que comeu parte do rendimento das famílias, desacelerando o consumo", declarou mais cedo o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.
Segundo ele, as taxas não caíram mais hoje por causa da cautela do mercado com o final de semana.
Vale lembrar que as tensões na Ucrânia voltaram a ficar em primeiro plano, depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em carta para governos da União Europeia, ameaçou interromper o fornecimento de gás para a Ucrânia, a partir de 1º de junho, se Kiev não saldar a dívida acumulada por cargas anteriores de gás, comentou a JBC Energy.
A Ucrânia concordou em pagar a dívida, mas quer negociar preços mais baixos para futuros suprimentos, acrescentou a JBC.
As taxas mais longas reagiram às declarações de Bullard, que afirmou esperar que o primeiro aumento de juros ocorra no fim do primeiro trimestre de 2015, antes do que o consenso geral do mercado, que prevê o início do aperto monetário entre meados e fim do próximo ano.
Mas vale lembrar que Bullard não vota no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) este ano e nem em 2015.