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Taxas de juros avançam por dólar e prêmio de Treasuries

Investidores colocaram em curso correção à queda de taxas mais longas no pregão anterior, devido ao recuo de prêmios de títulos da dívida do Tesouro dos EUA


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (222.355 contratos) indicava 10,52%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (222.355 contratos) indicava 10,52% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 16h50.

São Paulo - O avanço do dólar para acima de R$ 2,20 fez subir as taxas futuras de juros nesta quinta-feira, 24. O fato de o Banco Central (BC), aparentemente, ter decidido rolar apenas uma parcela de contratos de swap que vencem em 1º de novembro explicou o avanço da moeda dos Estados Unidos e, por consequência, dos juros.

Além disso, os investidores colocaram em curso uma correção à forte queda das taxas mais longas no pregão anterior, devido ao recuo dos prêmios dos títulos da dívida do Tesouro dos EUA (Treasuries) e as declarações mais firmes do presidente do BC, Alexandre Tombini, em Cingapura.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (222.355 contratos) indicava 10,52%, de 10,49% no ajuste anterior.

Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (202.235 contratos) apontava máxima de 11,37%, ante 11,31% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (13.475 contratos) estava em 11,73%, ante 11,69%. O juro para janeiro de 2023 (4.475 contratos) marcava 11,83%, de 11,81% no ajuste anterior.

O resultado da taxa de desemprego de setembro, que aumentou para 5,4%, de 5,3% em agosto, e acima da mediana das projeções, também de 5,3%, até ameaçou colocar as taxas futuras em queda, mas o movimento durou pouco. A pressão de alta do dólar ao longo do dia fez com que os juros ou estivessem perto dos ajustes ou em leve alta. O dólar à vista no balcão subiu 0,69%, cotado a R$ 2,2040.

No exterior, alguns dados mais fracos da economia norte-americana reforçaram a percepção de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manterá os estímulos até o começo de 2014, pelo menos.

Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, na semana até 19 de setembro, ficaram em 350 mil, ante expectativas de que atingiriam 340 mil. O dado da semana anterior foi revisado de 358 mil para 362 mil pedidos. Já o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos EUA caiu para 51,1 em outubro - resultado é o mais baixo dos últimos 12 meses.

As Bolsas voltaram a subir, mas após as recentes quedas, os prêmios dos Treasuries também ganharam um pouco de força. O juro do T-note de 10 anos chegou a recuar a 2,476%, mas estava em 2,516% às 16h43 (horário de Brasília), de 2,497% no fim da tarde da véspera.

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