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Taxa neutra despenca e mostra confiança em Tombini

Economistas acreditam que o presidente do Banco Central vai conseguir colocar em prática o menor ciclo de alta de juros já registrado no país


	Mercado também acredita que Alexandre Tombini será capaz de conter a inflação
 (Álvaro Motta/EXAME)

Mercado também acredita que Alexandre Tombini será capaz de conter a inflação (Álvaro Motta/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 12h05.

São Paulo/Nova York - Economistas do mercado estão confiantes de que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, conseguirá colocar em prática o menor ciclo de alta de juros já registrado no país e conter a inflação ao mesmo tempo.

A taxa ideal de juros capaz de promover o maior nível de crescimento sem impactar os preços caiu de 5,22 por cento em janeiro para 4,73 por cento, ajustada pela inflação, com base na média de estimativas de 16 economistas consultados pela Bloomberg. A chamada taxa neutra pressupõe que elevar a Selic em 2,25 pontos percentuais será suficiente para manter o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo abaixo de 5 por cento ao ano. Dessa forma, seria o menor ciclo de alta desde 1999 e metade da média de elevação da taxa básica nos últimos cinco ciclos de aperto monetário, de 4,5 pontos percentuais, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A inflação medida pelo IPCA se acelerou pelo segundo mês depois que o Comitê de Política Monetária do Banco Central cortou a Selic em 5 pontos percentuais desde agosto de 2011, para a mínima histórica de 7,5 por cento ao ano, para reativar a economia. O governo da presidente Dilma Rousseff congelou as contratações e cortou cerca de R$ 55 bilhões em gastos para abrir caminho para juros mais baixos.

“O governo está se mexendo para tentar acomodar estas baixas taxas básicas de juros”, disse Enestor dos Santos, economista do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA, em entrevista por telefone, de Madri. “Essas coisas têm impacto realmente.”

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