Takata afunda na Bolsa de Tóquio e se aproxima da falência
Na sexta-feira, as autoridades suspenderam a cotação da empresa depois que circulou a informação sobre a falência iminente da fabricante de airbags
AFP
Publicado em 19 de junho de 2017 às 10h05.
A empresa japonesa Takata , acusada de vender durante anos airbags defeituosos em todo o mundo, que provocaram diversas mortes, viu sua ação desabar 16,5% nesta segunda-feira na Bolsa de Tóquio e poderia declarar falência nos próximos dias, segundo a imprensa.
A ação da empresa era negociada 404 ienes no fim da sessão, 80 a menos que na quinta-feira à noite.
Na sexta-feira, as autoridades suspenderam a cotação da empresa depois que circulou a informação sobre a falência iminente da Takata, mas a companhia afirmou que "nada estava decidido".
Desde o início do ano, as ações da empresa perderam quase 60% de seu valor.
De acordo com o jornal econômico Nikkei, a declaração de falência, que deve passar por várias etapas no Japão, Estados Unidos e Europa, deve estar pronta antes da assembleia geral de acionistas, em 27 de junho.
O jornal afirma que a Takata tem dívidas de até um trilhão de ienes (quase 8 bilhões de euros).
A empresa, que está próxima de completar 80 anos, é acusada de ter dissimulado durante anos uma falha em seus airbags que provocava a explosão do equipamento, projetando fragmentos contra o motorista ou os passageiros.
Desde a divulgação do caso em 2014, quase 100 milhões de airbags da marca passaram por um recall, o maior número na história da indústria automobilística.
Até o momento foram registradas 16 mortes, 11 delas nos Estados Unidos.