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São Paulo tem 4,7 mil áreas contaminadas

Segundo o levantamento da Cetesb, postos de combustíveis lideram a lista, com 75% dos 4.771 casos registrados em 2013


	Frentista trabalha em um posto de combustível em São Paulo
 (Nacho Doce/Reuters)

Frentista trabalha em um posto de combustível em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 22h14.

São Paulo - São Paulo "descobriu" mais 199 áreas contaminadas em seu território no último ano, aponta relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgado nesta terça-feira, 3.

Segundo o levantamento, os postos de combustíveis continuam liderando a lista, com 75% dos 4.771 casos registrados em 2013, 4,3% a mais do que no ano anterior.

Mas foram as indústrias que mais cresceram no ranking, saltando de 681 para 768 terrenos poluídos, alta de 12,7%.

Para a Cetesb, as áreas contaminadas são aquelas onde há comprovadamente poluição ou contaminação causada pelo depósito, acúmulo, enterramento ou infiltração de substâncias ou resíduos que podem afetar o solo, águas subterrâneas e até as estruturas de edificações.

Segundo o gerente do departamento de áreas contaminadas da Cetesb, Elton Gloeden, o aumento do número de casos, observado desde 2002, quando a Cetesb iniciou o cadastro, é resultado de uma investigação mais eficiente feita pela companhia no Estado.

Ele afirma que o surgimento de "novas" áreas contaminadas está relacionado ao desconhecimento no passado dos procedimentos necessários para o manejo seguro de substâncias perigosas.

"Os postos de combustíveis continuam a liderar o número de áreas contaminadas, mas tiveram uma redução na participação total da lista, que chegou a ser de 80%.

Por outro lado, notamos um aumento da participação das indústrias por causa da desativação de várias unidades, principalmente nos grandes centros urbanos, para serem reutilizadas pela construção civil", afirma Gloeden.

Ao todo, a atividade industrial como origem das contaminações representa 16% das áreas contaminadas, seguida da comercial, com 232 casos (5%), de resíduos, com 136 (3%), e de acidentes, atividades desconhecidas ou agricultura, com 38 (1%).

Na relação consta, por exemplo, o câmpus da USP Leste, na zona leste da capital, que está interditado por contaminação por gás metano.

Segundo Gloeden, a maior parte dos casos envolve contaminação por combustíveis líquidos e solventes aromáticos, normalmente encontrados nos postos.

Os casos mais graves, contudo, são as contaminações por solventes alogenados, usados, principalmente, pela indústria.

Na média, uma área contaminada pode ser reabilitada, ou seja, utilizada com plena segurança, em cinco anos.

Mas, nos casos com poluentes mais agressivos, o processo de recuperação pode levar décadas, como na Vila Carioca, no Ipiranga, contaminada pela fábrica da Shell.

Recuperada

O gerente da Cetesb destaca que o número de áreas reabilitadas subiu 24% entre 2012 e 2013, chegando a 425 casos.

Outras 987 estão em processo de monitoramento para encerramento, ou seja, praticamente saneadas. A soma representa 30% do total das áreas contaminadas.

Segundo a Cetesb, na divisão no Estado, o interior lidera o ranking, com 1.677 casos, ou 35,2%.

Em segundo lugar aparece a capital, com 1.665 casos (34,9%), seguida da Grande São Paulo, com 816 áreas (17%), do litoral, com 348 (7%), e do Vale do Paraíba, com 265 (6%).

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