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Setor de varejo é a "coqueluche do momento", afirma Edemir Pinto

Para o presidente da BM&FBovespa, empresas de varejo devem deslanchar na bolsa neste ano; papéis da Arezzo abrem com forte alta

"A Arezzo é uma marca conhecida pelos consumidores, e isso ajuda a atrair a atenção dos investidores", afirmou Edemir Pinto na estreia de ações da companhia na BM&FBovespa (Marcel Salim/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 12h40.

São Paulo - O setor de varejo deve deslanchar neste ano no mercado de ações. A aposta é do presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. O executivo afirmou que o segmento é a "coqueluche do momento" e que a estreia de IPOs (Oferta Inicial de Ações, na sigla em inglês) em 2011 não poderia ter começado melhor com o início das negociações das ações da fabricante de calçados Arezzo (ARZZ3). "É uma marca conhecida pelos consumidores, e isso ajuda a atrair a atenção dos investidores", afirmou.

Brincando sobre a entrada da companhia no mercado de ações, Edemir afirmou: "A Arezzo entende mesmo de bolsa. Sejam bem-vindos". A estreia na BM&FBovespa foi marcada por um clima de festa. Não apenas pelo potencial da nova empresa de capital aberto, mas também pela celebração do aniversário do presidente da Arezzo, Anderson Birman.

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Durante cerimônia simbólica no pregão da bolsa de valores, o executivo agradeceu aos presentes e expressou seu sentimento em uma frase: "A meta atingida é um patamar para o início da conquista de novas metas". E se o primeiro objetivo era estrear na bolsa, o segundo era entrar com o pé direito. E Birman conseguiu.

Os papéis da Arezzo abriram com forte alta de 11,26% na BM&FBovespa, negociados a 21,14 reais. Foi o primeiro IPO do ano, outros 7 aguardam na fila para iniciar as negociações. O próximo será a oferta de ações da administradora de shopping centers Sonae Sierra (SSBR3). As ações começam a ser negociadas amanhã (3).

Os papéis da Arezzo foram precificados a 19 reais, no teto do intervalo de estimativas (entre 15 e 19) proposto pelos coordenadores da oferta, segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Foram emitidos 19,485 milhões de ações na oferta secundária e outros 10,294 milhões na oferta primária. Com isso, a fabricante de calçados levantou aproximadamente 565,7 milhões de reais com a operação.

Riscos

Em entrevista aos jornalistas, Edemir Pinto foi questionado sobre a valorização do real e os investimentos estrangeiros no mercado de ações. O presidente da bolsa brasileira afirmou que "não podemos abrir mão da estabilidade que conseguimos a duras penas no cenário recente, mesmo apesar da crise. O Brasil passa por um momento espetacular. Temos estabilidade econômica. O que nos preocupa é ter um momento de recaída e voltar ao passado".

"Precisamos de uma sinalização (do Ministério da Fazenda) de que não haverá mudanças (na cobrança de imposto sobre investimentos estrangeiros no mercado de capitais). Há incertezas no mercado de que as regras do jogo podem mudar. Não podemos deixar que os mercados percam a confiança", enfatizou o presidente da BM&FBovespa.

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