SeaWorld terá que pagar US$ 4 mi por ocultar prejuízos com documentário
As ações da empresa despencaram causando "prejuízos significativos" aos investidores após documentário "Black Fish", que mostra como tratam as orcas
AFP
Publicado em 18 de setembro de 2018 às 18h59.
Última atualização em 18 de setembro de 2018 às 19h00.
O SeaWorld Entertainment e seu ex-CEO terão que pagar 5 milhões de dólares em multas por enganar investidores sobre os danos provocados por um documentário sobre como as orcas são tratadas, anunciaram autoridades reguladoras americanas nesta terça-feira (18).
O ex-CEO James Atchison e a empresa - que opera o SeaWorld e outros parques temáticos e aquáticos nos EUA - mentiu para os investidores e a imprensa entre 2013 e 2014 sobre os danos causados à marca, afirmou a Comissão de Títulos e Câmbio (SEC).
O filme "Blackfish" mostrou um cenário ruim da empresa e a forma como tratam as orcas, também conhecidas como as "baleias assassinas".
A empresa negou as acusações, mas admitiu em agosto de 2014 que a redução do público no parque era, em parte, atribuída à publicidade negativa.
As ações da SeaWorld Entertainment despencaram, causando "prejuízos significativos" aos investidores, disse a SEC em nota.
"A SeaWorld descreveu sua reputação como um de seus 'ativos mais importantes', mas não conseguiu avaliar e divulgar o impacto adverso que 'Blackfish' teve em seus negócios em tempo hábil", disse Steven Peikin, codiretor de fiscalização da SEC, na nota.
A SeaWorld Entertainment terá que pagar US$ 4 milhões, enquanto a Atchison pagará US$ 1 milhão. A empresa e o ex-executivo não admitiram nem negaram irregularidades.