Santander eleva estimativa para ações da Natura
Inovação e fortalecimento da marca devem ser o foco da empresa no segundo semestre
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2012 às 12h31.
São Paulo – Apostando no crescimento da empresa, o Santander revisou seu preço-alvo para as ações da Natura ( NATU3 ). No lugar da estimativa de 37 reais para o final de 2012, o analista Tobias Stingelin estima agora um valor de 57 reais por ação para o final de 2013. A recomendação de manutenção foi mantida em razão das expectativas de retorno relativamente modestas: valorização de 7% das ações e 4% no rendimento dos dividendos.
O relatório traz também aumento de 3% e 8% nas estimativas de lucro por ação para 2012 e 2013, respectivamente, refletindo os resultados do primeiro semestre e os avanços dos níveis de serviço. Para o analista, a logística avançada e a arquitetura de sistemas totalmente implantada fazem com que a Natura possa se focar em impulsionar o crescimento consistente de suas receitas.
“Acreditamos que a empresa esteja em condições de retomar o crescimento sustentável e recuperar participação de mercado, bem como registrar sólido crescimento dos lucros e manter retornos elevados”, diz Tobias no relatório. Ele faz, no entanto, uma ressalva para o segundo semestre deste ano.
Uma combinação de fatores desfavoráveis, como o aumento no ICMS em São Paulo, o crescimento das despesas relacionadas às inovações e marketing e o aumento das provisões esperadas para os bônus, impedirão expansão da margem como ocorreu no segundo trimestre.
Crescimento
Para o segundo semestre, a empresa deve se focar em inovação e em fortalecimento de sua marca para impulsionar sua produtividade a partir do quarto trimestre de 2012.
A preferência da marca da Natura no mercado brasileiro de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal é de 47% e sua penetração nas residências brasileiras já está perto de 62% - são 100 milhões de consumidores-, sendo assim, o objetivo da empresa agora é a venda de mais produtos e categorias para essa base de clientes e o aumento da frequência de compras.
Para isso, a empresa deve lançar diversos novos produtos nos próximos meses para manter a inovação. Segundo o Santander, a Natura gastou em média 2,8% de sua receita líquida em pesquisa e desenvolvimento nos últimos 5 anos, lançando em média 156 produtos por ano. No primeiro semestre de 2012, as despesas com isso caíram para 2,5% da receita, mas a expectativa do analista é de que esse número chegue a 3% até o final do ano.
Oferta de ações
Na semana passada, um rumor sobre uma possível nova oferta de ações da Natura derrubou os papéis na Bovespa.
Segundo a agência de notícias “Debtwire Latin America PLUS”, os controladores da empresa de cosméticos esperam realizar a operação “o mais cedo possível”, mas a companhia negou a informação. Mesmo assim, as ações chegaram a cair 6,63% na mínima do dia, para 49,65 reais e encerraram o pregão com desvalorização de 4,49%.
São Paulo – Apostando no crescimento da empresa, o Santander revisou seu preço-alvo para as ações da Natura ( NATU3 ). No lugar da estimativa de 37 reais para o final de 2012, o analista Tobias Stingelin estima agora um valor de 57 reais por ação para o final de 2013. A recomendação de manutenção foi mantida em razão das expectativas de retorno relativamente modestas: valorização de 7% das ações e 4% no rendimento dos dividendos.
O relatório traz também aumento de 3% e 8% nas estimativas de lucro por ação para 2012 e 2013, respectivamente, refletindo os resultados do primeiro semestre e os avanços dos níveis de serviço. Para o analista, a logística avançada e a arquitetura de sistemas totalmente implantada fazem com que a Natura possa se focar em impulsionar o crescimento consistente de suas receitas.
“Acreditamos que a empresa esteja em condições de retomar o crescimento sustentável e recuperar participação de mercado, bem como registrar sólido crescimento dos lucros e manter retornos elevados”, diz Tobias no relatório. Ele faz, no entanto, uma ressalva para o segundo semestre deste ano.
Uma combinação de fatores desfavoráveis, como o aumento no ICMS em São Paulo, o crescimento das despesas relacionadas às inovações e marketing e o aumento das provisões esperadas para os bônus, impedirão expansão da margem como ocorreu no segundo trimestre.
Crescimento
Para o segundo semestre, a empresa deve se focar em inovação e em fortalecimento de sua marca para impulsionar sua produtividade a partir do quarto trimestre de 2012.
A preferência da marca da Natura no mercado brasileiro de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal é de 47% e sua penetração nas residências brasileiras já está perto de 62% - são 100 milhões de consumidores-, sendo assim, o objetivo da empresa agora é a venda de mais produtos e categorias para essa base de clientes e o aumento da frequência de compras.
Para isso, a empresa deve lançar diversos novos produtos nos próximos meses para manter a inovação. Segundo o Santander, a Natura gastou em média 2,8% de sua receita líquida em pesquisa e desenvolvimento nos últimos 5 anos, lançando em média 156 produtos por ano. No primeiro semestre de 2012, as despesas com isso caíram para 2,5% da receita, mas a expectativa do analista é de que esse número chegue a 3% até o final do ano.
Oferta de ações
Na semana passada, um rumor sobre uma possível nova oferta de ações da Natura derrubou os papéis na Bovespa.
Segundo a agência de notícias “Debtwire Latin America PLUS”, os controladores da empresa de cosméticos esperam realizar a operação “o mais cedo possível”, mas a companhia negou a informação. Mesmo assim, as ações chegaram a cair 6,63% na mínima do dia, para 49,65 reais e encerraram o pregão com desvalorização de 4,49%.