Saída de Berlusconi alivia mercados

São Paulo - A notícia de que o premiê italiano, Silvio Berlusconi, deixará o governo da Itália trouxe algum alívio a investidores nesta terça-feira, mas apenas reduziu as incertezas que ainda rondam a terceira maior economia da zona do euro.

No meio da tarde, Berlusconi disse que renunciará após a aprovação de uma nova lei orçamentária, com emendas exigidas por líderes da União Europeia (UE), após perder de forma humilhante a maioria no Parlamento italiano e ver sua permanência no cargo insustentável.  "O mercado está em alta porque pelo menos metade da batalha foi vencida, mas ainda temos a outra metade. Ainda precisamos saber como ele será substituído", afirmou o vice-presidente de investimento da Harbor Advisory Corp, Jack DeGan, nos Estados Unidos.

A crise política na Itália tem concentrado as atenções dos agentes nesta semana, com o foco no mercado de dívida do país, o segundo maior da Europa. Os rendimentos dos títulos públicos italianos renovaram nesta terça-feira máximas recordes desde a implantação do euro, perto de 7 por cento, nível considerado insustentável e que coloca em xeque a capacidade de Roma de cumprir seus compromissos.

O euro conseguia se manter em alta ante o dólar, que por sua vez recuava ante uma cesta de divisas <.DXY>. A moeda norte-americana também perdeu terreno no Brasil, num dia de pouca volatilidade.

A Bovespa também terminou no vermelho. Os papéis de empresas que divulgaram balanços nesta terça-feira, contudo, foram na contramão. A Usiminas e ALL divulgaram lucros líquidos melhores que o esperado, agradando ao mercado. [ID:nN1E7A702N] [ID:nN1E7A7076] O mercado aguarda ainda o balanço da BM&FBovespa , cujas ações subiram 0,59 por cento.

No mercado de renda fixa, as preocupações com a economia global e novos sinais de desaceleração na atividade doméstica ampararam nova queda nos contratos de DI, levando a curva futura a projetar três quedas sobre a Selic até março de 2012.

Entre os números divulgados, o uso da capacidade instalada na indústria brasileira caiu em setembro e atingiu o menor patamar desde fevereiro do ano passado. [ID:nN1E7A70C2] Além disso, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 0,40 por cento em outubro, ante 0,75 por cento em setembro [ID:nN1E7A7031].

A agenda local de quarta-feira reserva os números fechados sobre o fluxo cambial em outubro, bem como os balanços de Ambev , Cosan , Cyrela Brazil Realty , entre outras.

Nos Estados Unidos, vale citar a divulgação dos estoques empresariais de setembro, enquanto na França serão reportados os números sobre o déficit orçamentário no país no ano até setembro.

Veja a variação dos principais mercados nesta terça-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,7398 real, em baixa de 0,46 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,29 por cento, para 59.026 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,31 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> Às 18h54, o índice dos principais ADRs brasileiros avançava 0,82 por cento, a 31.654 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2013 apontava 10,120 por cento ao ano, ante 10,160 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,3838 dólar, ante 1,3775 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 132,313 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,026 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil caía 16 pontos, para 207 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 14 pontos, a 342 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones <.DJI> subia 0,93 por cento, a 12.180 pontos; o S&P 500 <.SPX> ganhava 1,26 por cento, a 1.276 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> tinha alta de 1,29 por cento, a 2.730 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo fechou em alta de 1,28 dólar, ou 1,34 por cento, a 96,80 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,0840 por cento ante 2,02 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ) (Por José de Castro; Edição de Patrícia Duarte)

São Paulo - A notícia de que o premiê italiano, Silvio Berlusconi, deixará o governo da Itália trouxe algum alívio a investidores nesta terça-feira, mas apenas reduziu as incertezas que ainda rondam a terceira maior economia da zona do euro.

No meio da tarde, Berlusconi disse que renunciará após a aprovação de uma nova lei orçamentária, com emendas exigidas por líderes da União Europeia (UE), após perder de forma humilhante a maioria no Parlamento italiano e ver sua permanência no cargo insustentável.  "O mercado está em alta porque pelo menos metade da batalha foi vencida, mas ainda temos a outra metade. Ainda precisamos saber como ele será substituído", afirmou o vice-presidente de investimento da Harbor Advisory Corp, Jack DeGan, nos Estados Unidos.

A crise política na Itália tem concentrado as atenções dos agentes nesta semana, com o foco no mercado de dívida do país, o segundo maior da Europa. Os rendimentos dos títulos públicos italianos renovaram nesta terça-feira máximas recordes desde a implantação do euro, perto de 7 por cento, nível considerado insustentável e que coloca em xeque a capacidade de Roma de cumprir seus compromissos.

O euro conseguia se manter em alta ante o dólar, que por sua vez recuava ante uma cesta de divisas <.DXY>. A moeda norte-americana também perdeu terreno no Brasil, num dia de pouca volatilidade.

A Bovespa também terminou no vermelho. Os papéis de empresas que divulgaram balanços nesta terça-feira, contudo, foram na contramão. A Usiminas e ALL divulgaram lucros líquidos melhores que o esperado, agradando ao mercado. [ID:nN1E7A702N] [ID:nN1E7A7076] O mercado aguarda ainda o balanço da BM&FBovespa , cujas ações subiram 0,59 por cento.

No mercado de renda fixa, as preocupações com a economia global e novos sinais de desaceleração na atividade doméstica ampararam nova queda nos contratos de DI, levando a curva futura a projetar três quedas sobre a Selic até março de 2012.

Entre os números divulgados, o uso da capacidade instalada na indústria brasileira caiu em setembro e atingiu o menor patamar desde fevereiro do ano passado. [ID:nN1E7A70C2] Além disso, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 0,40 por cento em outubro, ante 0,75 por cento em setembro [ID:nN1E7A7031].

A agenda local de quarta-feira reserva os números fechados sobre o fluxo cambial em outubro, bem como os balanços de Ambev , Cosan , Cyrela Brazil Realty , entre outras.

Nos Estados Unidos, vale citar a divulgação dos estoques empresariais de setembro, enquanto na França serão reportados os números sobre o déficit orçamentário no país no ano até setembro.

Veja a variação dos principais mercados nesta terça-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,7398 real, em baixa de 0,46 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,29 por cento, para 59.026 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,31 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> Às 18h54, o índice dos principais ADRs brasileiros avançava 0,82 por cento, a 31.654 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2013 apontava 10,120 por cento ao ano, ante 10,160 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,3838 dólar, ante 1,3775 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 132,313 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,026 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil caía 16 pontos, para 207 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 14 pontos, a 342 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones <.DJI> subia 0,93 por cento, a 12.180 pontos; o S&P 500 <.SPX> ganhava 1,26 por cento, a 1.276 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> tinha alta de 1,29 por cento, a 2.730 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo fechou em alta de 1,28 dólar, ou 1,34 por cento, a 96,80 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,0840 por cento ante 2,02 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ) (Por José de Castro; Edição de Patrícia Duarte)