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S&P prevê 'leve recessão' na eurozona durante 1ª metade de 2012

A agência de classificação rebaixou nesta quinta-feira as expectativas de crescimento para o próximo ano

O PIB da zona do euro em seu conjunto só deve subir de 0,4% a 0,5% em 2012 (B64/WikimediaCommons)

O PIB da zona do euro em seu conjunto só deve subir de 0,4% a 0,5% em 2012 (B64/WikimediaCommons)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h48.

Paris - A agência de medição de risco Standard and Poor's (S&P) prevê que a zona do euro se mantenha em situação de 'leve recessão' no primeiro semestre de 2012 e rebaixou nesta quinta-feira as expectativas de crescimento para o próximo ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em seu conjunto só deve subir de 0,4% a 0,5% em 2012, depois do avanço de 1,5% neste ano, assinalou S&P em relatório divulgado em Paris, no qual precisa que a recuperação no segundo semestre do próximo ano será 'modesta'. Essas novas estimativas fazem uma correção para baixo do crescimento dos três grandes países da zona do euro em 2012: 0,8% ao invés de 1% para a Alemanha, 0,5% substituindo 0,8% para a França e 0,1% ao invés de 0,2% para a Itália.

Para 2013, a zona do euro em seu conjunto registrará uma alta de 1,2%, graças em particular ao índice de 1,5% na Alemanha e 1,3% na França. Abaixo da média estarão Espanha (com 1%) e Itália (0,5%).

Os autores do estudo mostraram suas dúvidas sobre a capacidade de muitos Estados europeus de realizar a redução necessária de seu endividamento nas condições atuais, em particular com um comércio mundial que vai progredir menos.

Fora da zona do euro, o Reino Unido também será exposto a um enfraquecimento de seu crescimento, ao passar de 1% neste ano a 0,8% no próximo, antes de subir a 1,5% em 2013, de acordo com estas mesmas perspectivas.

S&P ressaltou que a pressão dos mercados financeiros sobre a dívida pública de alguns países europeus está relacionada com sua dependência do exterior para obter financiamento, ou seja, com o balanço de sua conta corrente.

A agência lembrou que a balança comercial está 'essencialmente' em função do saldo comercial, e que a situação é particularmente delicada para a França e a Itália, dois países que nos últimos dez anos viveram uma contínua deterioração de seu déficit comercial.

A situação é notavelmente diferente para a Alemanha, que reforçou seu papel de exportador, mas também para a Espanha, que desde 2007 está conseguindo um progressivo reequilíbrio de sua balança exterior.

Os autores do estudo consideraram que o déficit exterior espanhol dos últimos anos aconteceu mais por uma 'demanda excessiva' de produtos importados do que por uma piora dos resultados de seu setor exportador.

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