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Reservas cambiais da China registram queda em setembro

Reservas de câmbio da China ficaram em 3,89 trilhões de dólares no fim de setembro, segundo resultados oficiais

Vista do centro financeiro de Xangai, China: reservas de câmbio da China são as maiores do mundo (Johannes Eisele/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 10h59.

Pequim - As reservas de câmbio da China , as maiores do mundo, ficaram em 3,89 trilhões de dólares no fim de setembro, segundo resultados oficiais divulgados nesta quinta-feira, o que representa um retrocesso inesperado na comparação com os três meses anteriores.

O resultado, publicado pelo Banco Popular da China (central), fica abaixo dos 3,99 trilhões de dólares registrados em junho e surpreende os analistas, que esperavam uma leve alta.

As reservas cambiais da China, que se multiplicaram por quatro desde o fim de 2005, refletem o forte desequilíbrio do comércio exterior da segunda potência mundial.

No ano passado, o excedente comercial aumentou 12,8%.

Apesar do BC chinês nunca detalhar a composição de suas reservas, analistas acreditam que a maior parte consiste em dólares.

Um parte das divisas acumuladas pelo banco central vira investimento em títulos do Tesouro americano e em dívida soberana de outros países.

A China também utiliza o dinheiro para investir em empresas de todo o mundo com seu principal fundo soberano, o CIC.

São Paulo – Quais são os países que mais manipulam o câmbio ? O centro de pesquisas econômicas Peterson Institute for International Economics realizou um estudo e apontou que são 20 nações no mundo que realizam fortes intervenções para manter a cotação de suas moeda em um nível próximo ao desejado pelo governo. O estudo “ C ombatendo a disseminada manipulação cambial ”, assinado por Joseph E. Gagnon, não ranqueou os países, mas listou quais são os vinte que promovem medidas para influenciar no preço das moedas. Um dos indicadores é o forte aumento de reservas internacionais promovido pelos países ao longo dos anos. Outro é a relação entre reservas internacionais e dívida de curto-prazo. Segundo uma regra internacional, o ideal é que a poupança em moeda estrangeira seja proporcional a divida de curto prazo de um país. Um país que tem esse número maior está comprando moeda internacional além do que deveria. Isso porque a compra de moedas pelo governo de um país é uma das maneiras mais comuns de influenciar o desempenho do câmbio. Clique nas fotos e confira os 20 países que apresentam indícios fortes de manipulação cambial, segundo Joseph E. Gagnon.
  • 2. Dinamarca

    2 /21(Divulgação / Nationalbanken)

  • Veja também

    Moeda: coroa dinamarquesa Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 24% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 14% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 2%
  • 3. Hong Kong

    3 /21(Lo Ka Fai/China Photos/Getty Images)

  • Moeda: dólar de Hong Kong Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 121% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 53% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 3%
  • 4. Israel

    4 /21(Uriel Sinai/Getty Images)

    Moeda: novo shekel Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 31% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 12% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): zero
  • 5. Japão

    5 /21(Teresa Barraclough/AFP)

    Moeda: iene Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 21% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 12% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): zero
  • 6. Coreia do Sul

    6 /21(The Bank of Korea, via Wikimedia)

    Moeda: won Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 27% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 7% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): zero
  • 7. Cingapura

    7 /21(Roslan Rahman/AFP)

    Moeda: dólar de Cingapura Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 93% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 7% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 1%
  • 8. Suíça

    8 /21(Divulgação / Swiss National Bank)

    Moeda: franco suíço Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 44% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 32% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 1%
  • 9. Taiwan

    9 /21

    Moeda: novo dólar de Taiwan Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 83% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 24% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): dados não disponíveis
  • 10. Argentina

    10 /21(Quique Kierszenbaum/Getty Images)

    Moeda: peso argentino Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 9% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 4% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 9%
  • 11. Bolívia

    11 /21(Wikimedia Commons)

    Moeda: boliviano Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 40% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 30% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 1%
  • 12. China

    12 /21(Getty Images)

    Moeda: yuan Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 45% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 29% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 6%
  • 13. Filipinas

    13 /21(Wikipedia)

    Moeda: peso das Filipinas Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 32% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 14% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 3%
  • 14. Tailândia

    14 /21(Chumsak Kanoknan/Getty Images)

    Moeda: baht Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 49% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 21% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 12%
  • 15. Angola

    15 /21(Wikimedia Commons)

    Moeda: kwanza Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 28% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 20% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 3%
  • 16. Argélia

    16 /21(Wikimedia Commons)

    Moeda: dinar argelino Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 97% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 64% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 1%
  • 17. Líbia

    17 /21(Getty Images)

    Moeda: dinar líbio Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 271% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 230% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): dados não disponíveis Os dados da Líbia em 2011 estão distorcidos por conta do conflito armado no país. Para melhor comparação, a pesquisa também apontou que, em 2010, as reservas internacionais no país foram de 119% do PIB, com um aumento de 78% desde 2001.
  • 18. Arábia Saudita

    18 /21(Amr Abdallah Dalsh / Reuters)

    Moeda: rial Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 94% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 85% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): dados não disponíveis
  • 19. Azerbaijão

    19 /21(Johannes Eisele/AFP)

    Moeda: manat Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 17% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 4% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): dados não disponíveis
  • 20. Rússia

    20 /21(Harry Engels/Getty Images)

    Moeda: rublo Reservas internacionais (2011, sobre PIB): 25% Aumento nas reservas (entre 2001 e 2011): 14% Dívida externa de curto prazo (em 2010, sobre PIB): 3%
  • 21. Agora veja quem fechará o ano com PIB em queda

    21 /21(Reuters/Susana Vera)

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