Real pode ser moeda internacional, diz Eichengreen
Para Barry Eichengreen, embora o dólar ainda seja a única verdadeira moeda internacional, uma mudança é inevitável - e o real está na mira
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2012 às 17h46.
Rio - Brasil e Índia são as apostas do economista Barry Eichengreen, professor de Economia e Ciências Políticas da Universidade da Califórnia (UC), em Berkeley, para fornecerem moedas de reserva internacional num prazo de 10 ou 20 anos. Em apresentação no seminário "O Brasil e o mundo em 2022", nesta segunda-feira, no Rio, Eichengreen discorreu sobre as dificuldades dos Estados Unidos, sua perda de peso relativo na economia global e como isso afeta o dólar e os sistemas financeiros.
Para o economista, embora o dólar ainda seja a única verdadeira moeda internacional, uma mudança é inevitável. O problema é que não há alternativas imediatas. "O pior dos mundos será se os investidores perderem a confiança no dólar antes de haver uma alternativa", afirmou Eichengreen, lembrando que a falta de fontes seguras de reserva e liquidez internacionais foi um dos problemas da Grande Depressão nos anos de 1930.
O professor também discutiu sobre a possibilidade de o yuan da China assumir esse papel. Embora as autoridades chinesas estejam trabalhando ativamente pela internacionalização do yuan, Eichengreen destacou alguns desafios, um deles o mercado financeiro ainda pequeno, e incertezas, como o fato de que nunca houve um país fonte de liquidez internacional que não fosse uma democracia.
No fim da apresentação, Eichengreen perguntou ao público que outros países poderiam ser fonte de liquidez internacional. A resposta veio no slide final de sua apresentação, onde figuravam as bandeiras do Brasil e da Índia.
Pouco antes, ao comentar o cenário de crise na Europa, Eichengreen afirmou que apenas um "Plano Marshall" poderá manter a Grécia no euro, referindo-se ao plano norte-americano de reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial. O economista se disse cada vez mais pessimista com a situação europeia.
Rio - Brasil e Índia são as apostas do economista Barry Eichengreen, professor de Economia e Ciências Políticas da Universidade da Califórnia (UC), em Berkeley, para fornecerem moedas de reserva internacional num prazo de 10 ou 20 anos. Em apresentação no seminário "O Brasil e o mundo em 2022", nesta segunda-feira, no Rio, Eichengreen discorreu sobre as dificuldades dos Estados Unidos, sua perda de peso relativo na economia global e como isso afeta o dólar e os sistemas financeiros.
Para o economista, embora o dólar ainda seja a única verdadeira moeda internacional, uma mudança é inevitável. O problema é que não há alternativas imediatas. "O pior dos mundos será se os investidores perderem a confiança no dólar antes de haver uma alternativa", afirmou Eichengreen, lembrando que a falta de fontes seguras de reserva e liquidez internacionais foi um dos problemas da Grande Depressão nos anos de 1930.
O professor também discutiu sobre a possibilidade de o yuan da China assumir esse papel. Embora as autoridades chinesas estejam trabalhando ativamente pela internacionalização do yuan, Eichengreen destacou alguns desafios, um deles o mercado financeiro ainda pequeno, e incertezas, como o fato de que nunca houve um país fonte de liquidez internacional que não fosse uma democracia.
No fim da apresentação, Eichengreen perguntou ao público que outros países poderiam ser fonte de liquidez internacional. A resposta veio no slide final de sua apresentação, onde figuravam as bandeiras do Brasil e da Índia.
Pouco antes, ao comentar o cenário de crise na Europa, Eichengreen afirmou que apenas um "Plano Marshall" poderá manter a Grécia no euro, referindo-se ao plano norte-americano de reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial. O economista se disse cada vez mais pessimista com a situação europeia.