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Reação à vitória de Lula no 2º turno, Petrobras e Sabesp em foco e o que o mais move o mercado

Bolsa brasileira desaba no mercado internacional; investidores aguardam detalhamento de planos econômicos

Lula beija comprovante de votação: ex-presidente vence no 2º turno (Ricardo Stuckert/Divulgação/Divulgação)

Lula beija comprovante de votação: ex-presidente vence no 2º turno (Ricardo Stuckert/Divulgação/Divulgação)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 31 de outubro de 2022 às 07h40.

Última atualização em 1 de novembro de 2022 às 07h33.

ETFs que representam a bolsa brasileira no exterior sinalizam um pregão de fortes perdas na B3 nesta segunda-feira, 31. O EWZ, negociado nos Estados Unidos, desaba mais de 5% no pré-mercado, com investidores reagindo negativamente ao resultado das eleições.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu a corrida presidencial com 50,9% dos votos. O presidente Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição, ainda não reconheceu a vitória publicamente. O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, disse já ter falado com ambos os candidatos sobre o resultado das eleições.

A reação negativa de curto prazo já era esperada em caso de vitória de Lula, dado a maior aversão de investidores à candidatura do petista. Com o resultado definido, as atenções do mercado devem se voltar para os planos fiscais de Lula, que ainda não deu detalhes e tampouco anunciou quem estará à frente da Economia de seu governo.

Leia mais: Lula eleito: 5 pontos para entender como o mercado deve reagir ao novo presidente

Estatais em foco

O mercado também inicia esta semana com grandes preocupações sobre o futuro das estatais com Lula. A Petrobras, que pode ter sua política de preços revista, é a que mais sofre nesta manhã. Os papéis da petrolífera desabam cerca de 10% no pré-mercado, indicando uma forte desvalorização nesta segunda.

Além das incertezas sobre a companhia, a desvalorização representa o desmonte de apostas sobre uma eventual privatização da companhia em um segundo mandato de Bolsonaro.

O cenário deve ser justamente o oposto para a Sabesp, com a vitória do candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas na disputa pelo governo do estado de São Paulo.

Leia mais: Bolsa brasileira cai mais de 4% no exterior após vitória de Lula; Petrobras afunda 8%

Caminhoneiros

No radar de investidores ainda estão paralizações em rodovias orquestradas por caminhoneiros bolsonaristas. Além da Dutra, que liga o Rio de Janeiro e São Paulo, rodovias do estado de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais tiveram trechos paralizados, segundo levantamento do jornal Estado de S. Paulo.

Leia mais: Greve dos caminhoneiros: motoristas interditam rodovias nesta segunda após vitória de Lula

Agenda de balanços

Mesmo com toda agitação no cenário político, a temporada de balanços do terceiro trimestre segue firme. São previstos para esta noite os resultados da Irani (RANI3), PetroRio (PRIO3) e RaiaDrogasil (RADL3) e Intelbras (INTB3).

Mercado internacional

No exterior, as bolsas operam ainda sem uma direção definida, tendo no horizonte a decisão do Federal Reserve prevista para esta quarta-feira, 2. A expectativa é que se confirme mais uma alta de juro de 0,75 ponto percentual, a quarta consecutiva.

Na Europa, investidores digerem dados mais fortes que o esperado para a inflação de outubro. O Índice de Preço ao Consumidor da Zona do Euro, divulgado nesta manhã, saiu acima do esperado, acelerando de 9,9% para 10,6% no acumulado de 12 meses. O consenso era de ata para 10,2%.

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Desempenho dos indicadores às 7h40 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,47%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,55%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,69%
  • DAX (Frankfurt): + 0,16%
  • CAC 40 (Paris): - 0,15%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,15%
  • Stoxx 600 (Europa): - 0,03%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 1,18%
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