Apostas a favor da valorização da moeda brasileira parecem se estabilizar na bolsa de Chicago (Ricardo Moraes/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de março de 2022 às 12h49.
Última atualização em 14 de março de 2022 às 12h55.
Operadores da bolsa de Chicago (CME) levaram as apostas favoráveis ao real a um novo recorde no prazo de uma semana encerrado em 8 de março, mas o ritmo foi marginal e a moeda brasileira perdeu o posto de "preferida" para o peso mexicano.
A compra líquida de 48 contratos futuros de real foi suficiente para levar o estoque "comprado" na moeda brasileira a um novo pico de 50.496 contratos.
Os dados foram compilados pela CFTC, agência de mercados futuros dos Estados Unidos.
Na semana anterior, a posição que ganha com a valorização do real havia mais do que dobrado, saindo de 24.445 para 50.448. Segundo analistas, será importante observar se a virtual estabilização das posições pode antecipar alguma pausa no rali da taxa de câmbio que fez do real a divisa de melhor desempenho global em 2022.
Entre os pares emergentes da moeda brasileira que também possuem contratos negociados na CME, o rublo russo voltou a sofrer vendas líquidas, mas em menor intensidade do que na semana anterior. A carteira "comprada" em rublo caiu para 7.806 contratos, queda de cerca de 19%, após tombo de 50% nos sete dias anteriores.
A liquidação desta vez alvejou o rand sul-africano, que teve venda líquida de contratos no montante de 2.615, o que fez o estoque virar de comprado (apostando na alta da moeda) em 2.376 para vendido (à espera de queda) em 239.
Na outra ponta, as apostas favoráveis ao peso mexicano dispararam ao maior patamar desde março de 2020, mês do início da pandemia. Especuladores compraram, em termos líquidos, 10.639 contratos da divisa mexicana na semana terminada no último dia 8, levando a carteira otimista com o peso a 53.017 ativos.
Assim, esse grupo de investidores passou a, numericamente, apostar mais no peso do que no real.