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Rali do ouro só está começando, diz bilionário Paul Singer

O bilionário gerente de hedge fund disse que o melhor trimestre para o ouro em 30 anos é provavelmente apenas o começo de sua recuperação

Ouro: investidores internacionais, como Stan Druckenmiller, ponderam as consequências da flexibilização monetária sem precedentes sobre a inflação (Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2016 às 19h16.

O bilionário gerente de hedge fund Paul Singer disse que o melhor trimestre para o ouro em 30 anos é provavelmente apenas o começo de sua recuperação.

Investidores internacionais, como Stan Druckenmiller, ponderam as consequências da flexibilização monetária sem precedentes sobre a inflação.

“A posse de ouro faz muito sentido. Outros investidores poderiam finalmente estar começando a concordar”, escreveu Singer em uma carta a clientes no dia 28 de abril. “Cada vez mais, os investidores começaram a processar o fato de que os bancos centrais do mundo estão completamente concentrados em desvalorizar suas moedas”.

O ouro para entrega imediata subiu 16 por cento nos três primeiros meses do ano, o maior aumento trimestral desde 1986, em um momento em que o Federal Reserve se absteve do ajuste e bancos centrais da Europa e do Japão continuaram avançando com taxas de juros negativas. Druckenmiller, o investidor bilionário com um dos melhores históricos de longo prazo em gestão de recursos, disse na semana passada que o ouro é sua maior alocação monetária e que o bull market nas ações se esgotou.

‘Muito poderoso’

Se a confiança dos investidores no critério dos bancos centrais “continuar enfraquecendo, o efeito sobre o ouro poderia ser muito poderoso”, escreveu Singer na carta. “Achamos que o movimento dos preços no trimestre de março pode representar algo mais perto do começo do que do final de um movimento assim”.

A perspectiva de Singer contrasta com a visão do Goldman Sachs. Embora o banco com sede em Nova York tenha elevado suas previsões para o lingote em uma nota do dia 10 de maio, sua equipe de commodities, inclusive Jeffrey Currie, continua projetando preços mais baixos para o ouro nos próximos 12 meses.

As novas previsões do Goldman colocam o lingote a US$ 1.200 por onça em três meses, US$ 1.180 em seis e US$ 1.150 em um ano, em comparação com US$ 1.100, US$ 1.050 e US$ 1.000, de acordo com o relatório. Há pouco espaço para avanços adicionais, porque o Fed provavelmente fará um ajuste em setembro e poderia agir em julho, disse o Goldman.

Perspectiva do BNP

Assim como Singer – que em 2013 previu que o metal poderia ser “redescoberto” por investidores que precisassem possuir algo “real” – outros defensores do ouro ressaltaram neste ano o temor de que as autoridades responsáveis pela política econômica estejam perdendo a credibilidade. O ouro poderia chegar a avançar para US$ 1.400 durante os próximos 12 meses, disse o BNP Paribas em abril, citando a maior preocupação dos investidores com a eficácia das políticas adotadas pelos bancos centrais para sustentar o crescimento.

Singer, cuja empresa Elliott Management administra cerca de US$ 28 bilhões, contou com uma justificativa para sua antiga posição quando o ouro se recuperou no trimestre passado em meio à especulação de que o Fed ajustará a política monetária com lentidão porque os riscos mundiais persistem e as taxas de juros na zona do euro e no Japão caíram para abaixo de zero.

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Investidores internacionais, como Stan Druckenmiller, ponderam as consequências da flexibilização monetária sem precedentes sobre a inflação.

“A posse de ouro faz muito sentido. Outros investidores poderiam finalmente estar começando a concordar”, escreveu Singer em uma carta a clientes no dia 28 de abril. “Cada vez mais, os investidores começaram a processar o fato de que os bancos centrais do mundo estão completamente concentrados em desvalorizar suas moedas”.

O ouro para entrega imediata subiu 16 por cento nos três primeiros meses do ano, o maior aumento trimestral desde 1986, em um momento em que o Federal Reserve se absteve do ajuste e bancos centrais da Europa e do Japão continuaram avançando com taxas de juros negativas. Druckenmiller, o investidor bilionário com um dos melhores históricos de longo prazo em gestão de recursos, disse na semana passada que o ouro é sua maior alocação monetária e que o bull market nas ações se esgotou.

‘Muito poderoso’

Se a confiança dos investidores no critério dos bancos centrais “continuar enfraquecendo, o efeito sobre o ouro poderia ser muito poderoso”, escreveu Singer na carta. “Achamos que o movimento dos preços no trimestre de março pode representar algo mais perto do começo do que do final de um movimento assim”.

A perspectiva de Singer contrasta com a visão do Goldman Sachs. Embora o banco com sede em Nova York tenha elevado suas previsões para o lingote em uma nota do dia 10 de maio, sua equipe de commodities, inclusive Jeffrey Currie, continua projetando preços mais baixos para o ouro nos próximos 12 meses.

As novas previsões do Goldman colocam o lingote a US$ 1.200 por onça em três meses, US$ 1.180 em seis e US$ 1.150 em um ano, em comparação com US$ 1.100, US$ 1.050 e US$ 1.000, de acordo com o relatório. Há pouco espaço para avanços adicionais, porque o Fed provavelmente fará um ajuste em setembro e poderia agir em julho, disse o Goldman.

Perspectiva do BNP

Assim como Singer – que em 2013 previu que o metal poderia ser “redescoberto” por investidores que precisassem possuir algo “real” – outros defensores do ouro ressaltaram neste ano o temor de que as autoridades responsáveis pela política econômica estejam perdendo a credibilidade. O ouro poderia chegar a avançar para US$ 1.400 durante os próximos 12 meses, disse o BNP Paribas em abril, citando a maior preocupação dos investidores com a eficácia das políticas adotadas pelos bancos centrais para sustentar o crescimento.

Singer, cuja empresa Elliott Management administra cerca de US$ 28 bilhões, contou com uma justificativa para sua antiga posição quando o ouro se recuperou no trimestre passado em meio à especulação de que o Fed ajustará a política monetária com lentidão porque os riscos mundiais persistem e as taxas de juros na zona do euro e no Japão caíram para abaixo de zero.

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